A satisfação de ter ajudado a garantir a casa própria dos atleticanos fez o ex-dirigente Ademir Adur deixar de lado o propósito de nada mais comentar sobre a vida do Atlético. Importante integrante da revolução rubro-negra de 1995, ele foi o presidente durante a construção do estádio, também em 2000 e deixou o clube em 2002, tendo a Arena e também o CT do Caju como orgulhos.
"Quero dizer que foi uma realização conjunta. O atleticano sofreu muito recorrendo a outros estádios para poder jogar. A alegria de ver a Arena pronta foi como a de quem conquistou a casa própria. O trabalho feito por toda aquela comissão que estava no Atlético na época nunca se apagará. Esse presente dado para os atleticanos nos envaidece", confessa Adur.
Ele substituiu Mário Celso Petraglia em 1997, após suspensão imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) no escândalo envolvendo o então diretor de arbitragem da CBF, Ivens Mendes em viagem pela Europa, Petraglia preferiu não falar sobre o aniversário do estádio.
Após um racha com o homem-forte do clube há sete anos, Adur ficou anos longe do estádio que ajudou a construir. Foi visto na Arena em janeiro, no jogo contra o Foz, pelo Paranaense.
A obra custou aos cofres do clube quase US$ 35 milhões e foi financiada em grande parte com as negociações dos atacantes Oséas e Paulo Rink, as campanhas de sócios ouro e contribuições singelas, como a feita com a venda de pequenos pedaços da antiga Baixada.
"Foi um projeto bastante ousado em todos os sentidos. Partindo da demolição e depois da construção em um período tão curto. Demandou um esforçou muito grande do clube", acrescentou Adur.
Diretor de patrimônio à época, o engenheiro Ênio Fornea explicou que o projeto contemplava os requisitos do caderno de encargos da Fifa proposto para o Mundial de 2002, realizado na Coreia do Sul e no Japão.
"Naquele período ninguém falava de Copa aqui. Seguimos as recomendações porque mais cedo ou mais tarde os estádios teriam de se adequar, e hoje vemos que a Arena deu condições para Curitiba ser escolhida como sede da Copa. Para o Atlético foi passar para outro nível, de muito mais respeito", avaliou. (ALM)
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