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Aquela expulsão com cinco minutos matou o jogo. Se o Coritiba tinha uma proposta defensiva, para explorar os contra-ataques, tudo morreu quando Escudero fez a falta e foi mandado embora.

Aliás, a escalação me deixou intrigado. Até achei que o locutor da tevê tinha errado ao apresentar o time. Luccas Claro, Demerson e Escudero atrás, seria, para mim, uma mudança tática. Depois de um ano e pouco o Coxa voltaria a jogar com três zagueiros. Imaginei assim, pelo menos (e gostei!). Na esquerda entraria Éverton Ribeiro, que já apareceu por ali nos tempos de Corinthians e antes mesmo disso.

Mas não era bem assim. O esquema tático original estava mantido, com Escudero pela esquerda. Mas nem deu pra sentir, pois em cinco minutos tudo mudou, o Coritiba ficou com um a menos e logo depois, aos 11’, levou o primeiro gol.

Certo que houve um pênalti claríssimo em Rafinha, mas o Coxa, ainda assim, estava morto em campo. Bruno Mineiro fez outro (e não consigo imaginar como o Atlético liberou seu melhor atacante) e daí veio o terceiro e a definição do placar.

Acho que a pressão sobre o técnico Marcelo Oliveira está aumentando, embora seja ele o que menos tem a ver com isso. Quais são os jogadores que tem para escalar? Sábado, contra o Flamengo, terá pelo menos a chance de estrear Deivid e Raúl Ruidíaz, um alento para quem tem tanta dificuldade em marcar.

É que dali surgem todos os problemas, que estouram lá atrás, na defesa, que já não é mais a mesma dos últimos tempos.

Sem rumo

Adriano caiu novamente em tentação. E mais uma vez voltou arrependido, pedindo desculpas aos companheiros, aos torcedores e ao Flamengo. É uma pena que uma carreira de um atleta de bons predicados possa caminhar para um fecho tão sombrio quanto este que se prenuncia.

Com idade e potencial para estar brilhando, inclusive na seleção brasileira, perde-se no caminho da irresponsabilidade e do álcool. Talvez até mesmo por não saber mensurar o que representam aqueles tantos zeros à direita no saldo de sua conta bancária.

Mas isso também um dia acaba, principalmente para quem não sabe o que fazer com ele. Sente-se, no fundo do fundo, que Adriano tem vontade de novamente se situar no rumo correto da vida e do futebol. Mas que não tem estrutura emocional para tanto, embora se imagine capaz.

O que ele precisa mesmo é de ajuda, de assistência. E aí já nem tanto mais para o atleta (ou ex-atleta), mas para o ser humano, que pode está traçando um futuro sombrio que ninguém pode prever onde vai dar.

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