Às vésperas de seu 18º Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, Rubens Barrichello tem como meta chegar entre as seis primeiras colocações, ao mesmo tempo em que tenta acertar sua permanência na equipe Williams.
O piloto brasileiro disse que não está negociando com outras escuderias para a próxima temporada, e que espera seguir na equipe inglesa em 2011.
"Eu tenho feito um trabalho grande e intenso para o carro do ano que vem e espero ficar na Williams", afirmou Barrichello em entrevista à Reuters nesta quinta-feira em São Paulo, sem detalhar as negociações.
"Isso é uma coisa a ser perguntada para a Williams", respondeu ele quando questionado se havia acertado sua permanência.
A Williams ainda não decidiu sua dupla de pilotos para 2011 e o sócio da equipe Patrick Head disse no GP da Coreia do Sul, no último fim de semana, que fatores comerciais seriam considerados antes da decisão final. O alemão Nico Hulkenberg é o atual companheiro de equipe do brasileiro.
Esta semana, a Williams anunciou que o venezuelano Pastor Maldonado, campeão da GP2 e que é patrocinado pela petrolífera estatal PDVSA, fará um teste pela equipe em novembro.
Enquanto negocia o futuro, Barrichello concentra agora suas forças para o GP Brasil, no dia 7 de novembro. O piloto, que nunca venceu em casa, já teve chances de ganhar, com a Ferrari e a Brawn, e no momento visa terminar numa colocação intermediária.
"Uma boa posição seria acabar entre os seis primeiros. É tudo aquilo que a gente vem almejando nessas últimas corridas, algumas foram possíveis, outras não, mas logicamente o sonho seria ter minha melhor posição no ano em Interlagos", disse ele, cujo melhor resultado em 2010 foi o quarto lugar no GP da Europa e que está em 10º na classificação geral, com 47 pontos.
O piloto paulista, de 38 anos, que cresceu no bairro de Interlagos, admite que correr em casa tem um sabor especial. Seu melhor resultado no Brasil foi em 2004, quando chegou em terceiro lugar.
"O GP Brasil para mim é uma coisa inexplicável... Eu nasci em Interlagos, passei 20 anos da minha vida por lá, então para mim é uma emoção muito grande correr em Interlagos", disse.
"Nosso carro vem numa ascendente, e tudo o que eu posso esperar é um fim de semana positivo", acrescentou ele, recordista de GPs na Fórmula 1, com 305 provas.
Barrichello explicou que a temporada começou ruim, abaixo das expectativas do que o carro poderia render, mas que aos poucos foi melhorando.
"O começo de ano deixou a desejar, a gente achou que tinha um carro e comparando com algumas outras equipes a gente não tinha. Era duro chegar entre os 10 primeiros", disse.
"Mas o entrosamento com a equipe foi muito bom e a gente conseguiu melhorar o carro... A partir da prova de Istambul (no final de maio) a gente teve uma melhora, que me trouxe bons resultados. Se tivesse que dar uma nota de 0 a 10, foi uma temporada 8."
Para o ano que vem, Barrichello, que disse que permanecerá na Fórmula 1 "enquanto tiver prazer em continuar correndo", é cauteloso. "Todas as equipes vendem um pacote tecnológico muito avançado para o ano que vem. Até que você sente no carro e realmente prove que ele é melhor, é uma situação que só a realidade vai poder trazer, então tem que esperar."
Aposta em Alonso
Barrichello, vice campeão da F1 em 2002 e 2004, acredita que Fernando Alonso tem mais chances de conquistar o campeonato este ano. O espanhol da Ferrari soma 231 pontos contra 220 do australiano Mark Webber, da Red Bull, restando duas provas para o final.
Alonso assumiu o topo da tabela após a vitória na Coreia do Sul, depois de uma temporada dominada pela Red Bull, que tem seu outro piloto, Sebastian Vettel, na quarta colocação com 206 pontos.
"Acho que quem tem a grande chance sempre foi a Red Bull, tem o melhor carro, tem uma equipe muito bem centrada, e talvez eles tenham dispersado um pouco as energias com a briga interna dos pilotos", disse o brasileiro.
"Então o Alonso veio correndo por fora, e as chances dele aumentaram bastante, porque eles (Ferrari) andam muito bem em Interlagos, então o Alonso tem uma grande chance. Mas vejo o Webber ainda dando um suador, a briga não deve se encerrar em São Paulo, deve ser só em Abu Dhabi", afirmou ele, referindo-se à última prova do ano, em 14 de novembro.
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