Vencedor das últimas quatro provas da temporada da Fórmula 1, sendo a última delas o GP de Abu Dabi, neste domingo (27), Lewis Hamilton exibiu conformismo ao ficar com o vice-campeonato mundial depois de Nico Rosberg ter encerrado a corrida nos Emirados Árabes em segundo lugar e assegurado o inédito título para a sua carreira.
No fim, o piloto inglês terminou apenas cinco pontos atrás de Rosberg (385 a 380), que viu a sua regularidade e bom início de campeonato serem premiadas. E o mérito do alemão foi reconhecido pelo seu companheiro de Mercedes, que preferiu festejar o triunfo da equipe como um todo, pois a escuderia fechou o campeonato disparada na ponta do Mundial de Construtores, com 765 pontos, mais de 300 à frente da vice-campeã Red Bull, que somou 468.
“Honestamente, eu me sinto fantástico. Obrigado a todos os torcedores aqui, à minha equipe e à minha família. Tivemos muito sucesso este ano. Grandes felicitações para o Nico pelo título. Você fez um grande trabalho, cara”, afirmou Hamilton, admitindo que “fez tudo o que eu podia nessas últimas quatro corridas”. “Isso é tudo o que posso fazer por mim. Eu sairei daqui e irei me divertir esta noite, irei comemorar com a equipe e com todos. Você não pode vencer sempre”, completou.
Hamilton admitiu também que “muitos problemas” que sofreu ao longo da temporada impediram que ele chegasse à reta final do campeonato com maiores chances de conquistar o título, mas exibiu satisfação por ter dado o melhor de si na luta para tirar o título de um Rosberg que não cometeu erros comprometedores nas últimas provas.
Rebeldia
Hamilton, por sinal, fez o máximo que podia para que o alemão errasse nesta prova em Abu Dabi, pois sustentou a liderança sem forçar o ritmo para que o seu companheiro de equipe sofresse pressão atrás dele e consequentemente pudesse sair da prova ou perder posições em uma luta com outros competidores por um lugar no pódio.
A postura de Hamilton fez até com que a chefia da Mercedes mandasse um recado pelo rádio ao inglês, a quatro voltas do fim, pedindo para ele acelerar.
O tricampeão mundial, porém, desobedeceu a ordem e respondeu com um pedido para que deixassem ele e Rosberg correr sem interferências externas. Toto Wolff, chefe da equipe, confirmou após a prova que a Mercedes reprovou a conduta de Hamilton.
“Houve uma situação em que calculamos que perderíamos a prova porque Lewis ia cada vez mais lento. Aí foi onde decidimos intervir e ele decidiu ignorar (a ordem). Só uma coisa que posso dizer: ‘Isso estabelece um precedente para o futuro?’. Isso é o que temos de avaliar, mas fundamentalmente teremos um precedente”, afirmou o dirigente.
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