O alemão Nico Rosberg guiou com tranquilidade e só ficou atrás de Hamilton por alguns momentos, após a segunda parada.| Foto: Gustau Nacarino/REUTERS

Cabisbaixo e abatido com o próprio desempenho nas quatro corridas anteriores, o alemão Nico Rosberg (Mercedes) ganhou a injeção de ânimo que precisava para a sequência da temporada ao vencer o Grande Prêmio da Espanha de Fórmula 1 neste domingo e subir ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez em 2015.

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Pole position no Circuito da Catalunha, Rosberg manteve a ponta na largada e só a deixou em um momento, durante a segunda parada para troca de pneus, quando andou por alguns minutos atrás do companheiro de equipe, o britânico Lewis Hamilton.

No entanto, a briga do atual campeão neste domingo foi pelo segundo lugar, perdido por ele na largada para o também alemão Sebastian Vettel (Ferrari). O defensor do título permaneceu atrás por mais da metade da corrida, mas ganhou a posição na estratégia, fazendo uma parada a mais, deixando o tetracampeão em terceiro.

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Com a primeira vitória em 2015, Rosberg foi a 91 pontos no campeonato, 20 a menos que Hamilton, ainda líder do Mundial. Vettel ficou um pouco para trás, também em terceiro, com 80. O quarto colocado é o finlandês Kimi Raikkonen, que fez de tudo nas últimas voltas para ser quarto também na prova, mas não conseguiu ultrapassar o compatriota Valtteri Bottas (Williams).

Depois de ter largado na nona colocação, o brasileiro Felipe Massa ficou em sexto, posição que também ocupa na temporada. O paulista vinha em quinto, mas agora tem três pontos a menos que Bottas, seu companheiro de equipe.

O outro representante do Brasil no grid, Felipe Nasr, não teve um bom fim de semana na primeira corrida europeia de seu ano de estreia na F-1 e foi apenas 12º. Além dos seis primeiros, ficaram à frente do brasiliense, da sétima à 11ª colocações, nessa ordem: Daniel Ricciardo (Red Bull), Romain Grosjean (Renault), Daniil Kvyat (Red Bull), Carlos Sainz Jr. (Toro Rosso) e Max Verstappen (Toro Rosso).

Quem mereceu menção honrosa em Barcelona foi o principal piloto da casa, Fernando Alonso. O bicampeão mundial andou por bastante tempo em sétimo lugar e tinha chances de conquistar os primeiros pontos da McLaren na temporada, mas teve que abandonar devido a problemas no freio.

A próxima corrida do calendário da principal categoria do automobilismo é o Grande Prêmio de Mônaco, que acontecerá nas ruas do principado daqui a duas semanas.

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Felipe Massa

Com sua corrida prejudicada antes mesmo da largada por conta do erro cometido em sua volta de tomada de tempo na classificação, a sexta colocação conquistada por Felipe Massa no GP da Espanha de F-1 não foi de todo mal para o piloto brasileiro.

Atrás apenas das duplas de Mercedes, que fez a dobradinha com Nico Rosberg em primeiro e Lewis Hamilton em segundo, e de Ferrari, que estabeleceu-se como a segunda força do campeonato, além de seu companheiro de Williams, Valtteri Bottas, que partiu em quarto em Barcelona, Massa deu-se por satisfeito com os oito pontos conquistados neste domingo.

“Foi uma boa corrida. Fiz uma excelente largada apesar de ter sido espremido na Curva 2 e ter perdido umas duas posições que tinha ganhado. Mas consegui me recuperar logo e retomar estas posições”, afirmou o brasileiro, que pontuou nas cinco etapas disputadas neste ano e ocupa a sexta colocação no Mundial de Pilotos, com 39 pontos -- Hamilton lidera com 111.

“Passei boa parte da prova atrás do Kimi [Raikkonen] e consegui dar uma canseira nele em determinado momento. Mas fiquei feliz com a estratégia de três paradas que escolhemos e com os bons pontos que marcamos hoje. Acho que o importante é que estamos na luta e temos que continuar tentando não ficar longe da Ferrari e nos distanciarmos o máximo possível da Red Bull”, completou Massa.

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Apesar de satisfeito com o resultado da prova em Barcelona, Massa afirmou que a próxima etapa do Mundial, o GP de Mônaco, daqui a duas semanas, pode ser complicado para a Williams por conta das características do circuito, que não são as melhores para o carro da equipe inglesa.

“Acho que se eu pudesse escolher qual a pior pista para a gente eu diria Mônaco. Possivelmente vai ser uma corrida que vamos sofrer, mas ao mesmo tempo a gente sabe que lá tudo pode acontecer. Tomara que não seja como a gente imagina e o resultado seja bom para nós.”

Nasr

A 12.ª colocação no GP da Espanha não foi suficiente para Felipe Nasr voltar à zona de pontuação numa etapa do Mundial de F-1. Tendo largado do 15.º posto no grid em Barcelona, nem mesmo o fato de, pela quinta vez em cinco corridas ter chegado à frente de seu companheiro de Sauber, Marcus Ericsson, foi motivo de comemoração para o brasileiro, que faz sua temporada de estreia na categoria. “Não é isso que quero e meu desejo agora é voltar a marcar pontos”, afirmou Nasr, que usou a mesma estratégia do parceiro neste domingo e chegou duas posições a sua frente.

Com um quarto do campeonato disputado após a prova no circuito de Montmeló, Nasr ocupa o nono posto no Mundial de Pilotos e soma 14 pontos.

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Apesar de ter conseguido ganhar três lugares em relação a sua posição de largada, Nasr reclamou bastante da dirigibilidade de seu carro. “A verdade é que da minha parte eu fiz tudo que podia. Consegui fazer só duas paradas, o que foi importante para a gente ganhar posições na pista, mas a gente tem que melhorar o ritmo do carro. Hoje realmente não tinha como fazer nada melhor. Nosso carro está muito difícil de guiar”, afirmou o piloto da Sauber.

Segundo Nasr, pela programação da equipe, uma melhora só deve ser sentida na segunda metade do campeonato, quando estão programadas atualizações para o C34. “Pelo menos em Mônaco podemos ter uma chance melhor, porque é uma pista que não demanda tanta carga aerodinâmica, assim como no Canadá, com as longas retas. Não estou criando grandes expectativas e tenho que ser realista com o que tenho”, concluiu o piloto brasileiro.