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As emocionantes disputas do GP da Inglaterra mostraram que a monotonia da prova anterior, em Valência, foi mesmo uma exceção em uma temporada que está entrando para a história como uma das mais movimentadas da F-1. E Silverstone também viu um novo vencedor: Fernando Alonso. Novo vencedor, claro, neste ano, já que, em termos de currículo, o espanhol só perde em conquistas para o "desaposentado" Michael Schumacher.

Ontem, no circuito inglês, o piloto da Ferrari aproveitou um raro vacilo da Red Bull para voltar ao topo do pódio. O problema é que a distância para o líder Sebastien Vettel continua alta. Afinal, o alemão, mesmo tendo perdido a liderança por um erro de seu time no box, chegou em segundo lugar, mantendo 92 pontos de vantagem para o ferrarista (o 3.º) e 80 para Webber (o 2.º) – cada vitória vale 25.

Alonso, que já chegou até a jogar a toalha em alguns momentos do ano, diz que encara as próximas corridas como "verdadeiras finais". De fato, neste GP viu-se uma Ferrari bem competitiva. Mesmo com o erro da Red Bull no box, é fato que o time italiano evoluiu, graças a um novo pacote aerodinâmico que estreou neste GP. Não fosse isso, Alonso não conseguiria, por exemplo, aproveitar o erro do time austríaco para assumir a ponta da corrida em Silverstone.

Mas também é difícil quantificar a evolução da Ferrari por duas circunstâncias: primeiro, a polêmica em relação ao uso dos difusores aquecidos, o que diminuiria a vantagem da Red Bull. Como as próprias equipes tiveram decisão unânime em voltar à regra do GP anterior (proibindo apenas o mapeamento eletrônico diferente entre classificação e corrida), é possível que a Ferrari não esteja tão próxima de sua rival na próxima etapa, na Alemanha.

Além disso, como o GP inglês teve seu início com pista molhada (com os pilotos largando com pneus intermediários), ninguém foi obrigado a usar os compostos duros, justamente aqueles com os quais tanto Alonso quanto Felipe Massa têm sentido mais dificuldades na temporada 2011.

Por isso, o espanhol comemorou muito a vitória na Inglaterra, quebrando um jejum que durava desde o GP da Coreia do ano passado – uma eternidade para um dos maiores pilotos do mundo e para uma equipe de tradição vencedora como a Ferrari. Mas, em termos de campeonato, Alonso sabe que a história é outra. Digamos que, na terra de Wimbledon, o espanhol pelo menos conseguiu salvar um "match point".

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