Berlim Enfrentar fregueses recentes parece ser a sina francesa na Copa do Mundo de 2006. Nas quartas-de-final, os Bleus mandaram para a casa o Brasil, como já haviam feito na mesma fase em 1986 e na decisão de 98. Na etapa seguinte a vítima foi Portugal, para quem a França não perde há 31 anos com direito a uma vitória na semifinal da Eurocopa de 2000, com um pênalti inexistente convertido por Zidane, na morte súbita.
A Itália, adversária da final de hoje, no Estádio Olímpico, também não carrega boas lembranças contra os franceses. A lembrança mais recente e dolorosa é a da final da Euro da Holanda, seis anos atrás.
A Azzurra vencia por 1 a 0 até os 48 minutos do segundo tempo, quando Wiltord empatou e levou o jogo para a morte súbita. O gol de ouro levou 13 minutos para sair, marcado por Trezeguet.
A dramaticidade também havia marcado o duelo de quatro anos antes, pelas quartas-de-final da Copa da França. Após 120 minutos sem gol, os Azuis levaram a melhor em uma decisão por pênaltis que teve como vilão o meia italiano Di Biagio, que chutou a última cobrança na trave. Era o terceiro capítulo de um trauma da seleção italiana, despachada na marca da cal nos Mundiais de 90 (semifinal contra a Argentina) e e 94 (decisão ante o Brasil).
Em 86, a primeira tentativa italiana de conquistar o tetracampeonato morreu nas oitavas-de-final. Com uma vitória por 2 a 0, Platini conduziu os gauleses ao duelo contra o Brasil.
Resta à Azzurra recorrer à história mais distante do confronto, disputado pela primeira vez em 15 de maio de 1910: 6 a 2 para a Itália. Em 1938, mais uma vitória italiana, por 3 a 1, nas quartas-de-final do Mundial disputado na França. Em mais dois jogos a equipe de Vitorio Pozzo ergueria pela segunda vez seguida a Jules Rimet.
No geral, uma boa vantagem italiana com 17 vitórias, oito empates e sete vitórias francesas em 32 jogos. A Itália marcou 75 gols e sofreu 44. Aliás, as maiores goleadas da Azzurra aconteceram em amistosos, e ambos em casa: 9 a 2 no dia 18 de janeiro do 1920, e 7 a 0 no dia 22 de março de 1925.
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