Pelos brados eufóricos da vibrante torcida atleticana nos instantes finais do jogo, o Furacão voltou. Porém, para o alto comando, comissão técnica e jogadores, é recomendável manter a humildade, respeitar os adversários que virão e utilizar o discurso de que o "Furacão está voltando". No futebol, o improvável torna-se realidade, afinal é esporte lúdico e em qualquer tipo de jogo cabe de tudo um pouco. O time deve manter-se atento e motivado, ou "focado" como dizem os boleiros, para evitar surpresas nas rodadas finais.

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Na partida de sábado a formação do professor Drubscky foi perfeita no primeiro tempo, quando tomou conta do campo, amassou o adversário e construiu o placar de 2 a 0.

Todas as peças funcionaram, com destaque ao meio de campo, com atuações soberanas de Deivid, João Paulo, Henrique e, um pouco menos, de Elias, que foi substituído por Paulo Baier. Interessante o ritmo de Elias, jogador que embarca vasto repertório técnico, entretanto sai do ar em alguns períodos e, dessa forma, atrapalha o rendimento coletivo com a partida em andamento.

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Mas os alas Maranhão e Pedro Botelho apresentaram-se em nível elevado e os atacantes Marcelo e Marcão não negaram fogo. O goleiro Weverton foi pouco exigido, Manoel jogou bem e Luiz Alberto falhou apenas no lance do gol do São Caetano.

Desde que a diretoria sossegou o facho no trato do departamento de futebol – com a escolha de João Alfredo Costa, o velho "Coroné", como diretor –, contratou os jogadores indicados por Jorginho e manteve Ricardo Drubscky, a equipe evoluiu, adquiriu entrosamento e amadureceu ao ponto de não tomar conhecimento do São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella. Claro que a presença da calorosa torcida rubro-negra ajudou bastante na conquista desse triunfo emblemático na cruzada da volta à série A.

Coxa na boa

Mantendo a tradição dos representantes paranaenses, o Coritiba ficou aliviado chegando aos 45 pontos e não corre mais nenhum risco de rebaixamento.

Tirante esta parte melancólica que assinala a trajetória de nossas equipes, o time de Marquinhos Santos foi superior e soube tirar vantagem sobre a ansiedade e o desespero do Atlético Mineiro, que praticamente entregou de bandeja o título para o Fluminense.

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O Galo possui um time forte, porém sem brilho na meia-cancha, onde Ronaldinho Gaúcho, apesar de sua indiscutível habilidade, não consegue mais representar fator de desequilíbrio diante de adversários que saibam encurtar os seus espaços em campo.

E o Coxa operou bem a mecânica de jogo, realizando um primeiro tempo próximo da perfeição, quando assinalou o gol em pênalti convertido por Deivid, mas poderia ter ampliado o escore em finalizações desperdiçadas por Lincoln e Rafinha.

Na etapa final o Galo tentou reagir, mas não consegui cantar no terreiro coxa-branca.