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A crescente onda de protestos pelo Brasil e o furto no hotel que hospedou os atuais campeões mundiais no Recife fizeram com que Espanha e Nigéria chegassem a Fortaleza, nesta sexta-feira (21), com a segurança reforçada. A medida foi tomada pelo Comitê Organizador da Copa das Confederações, mas teve peso decisivo a reivindicação das delegações. Os dois países se enfrentam neste domingo (23), às 16 horas, no Castelão, pela última rodada da primeira fase.

As duas delegações desembarcaram com intervalo de 15 minutos na Base Aérea de Fortaleza e de lá seguiram escoltadas para os hotéis em que estão hospedadas, na Avenida Beira-Mar, separados por cerca de 500 metros. Carros e motos das polícias militar e federal abriram caminho para os ônibus, que demoraram 17 minutos para cumprir o percurso. Na frente dos hotéis, policiais aguardavam os jogadores dos dois lados da via.

A segurança da Espanha está reforçada por agentes da Força Nacional de Segurança Pública e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). A maior preocupação em relação à Espanha são os protestos no trajeto até a Arena Castelão. Como a concentração dos manifestantes é a 500 metros do hotel, o temor é de que a delegação da Fúria não consiga chegar até o estádio - a saída é às 18 horas.

Um funcionário da área de transporte do Comitê Organizador que tem acompanhado a Nigéria desde o desembarque da equipe no Brasil, no último domingo (16), confirmou à Gazeta do Povo que a segurança tem sido reforçada gradativamente à medida que os protestos foram se tornando mais intensos. Uma reunião na manhã desta sexta-feira decidiu por endurecer ainda mais a proteção às delegações, especialmente nos deslocamentos entre hotel, locais de treinamento e estádio.

No caso da Espanha, a preocupação é não apenas nas ruas. Seis jogadores tiveram o equivalente a mil euros furtados no hotel em que estavam hospedados, no Recife. O crime fez com que a delegação espanhola exigisse providências para que o fato não volte a se repetir durante a estada da equipe no Brasil.

Nigéria e Espanha entraram em campo na última quinta-feira (20) em cidades que registraram grandes e violentos protestos. Em Salvador, onde os nigerianos foram derrotados pelo Uruguai, por 2 a 1, 20 mil pessoas foram às ruas, em um ato que terminou com 15 ônibus incendiados e ataques a veículos e ao hotel da Fifa. No Rio, palco da vitória espanhola por 10 a 0 sobre o Taiti, 300 mil pessoas foram às ruas protestar. Dentro do Maracanã, torcedores ergueram cartazes cobrando investimentos sociais e criticando os gastos da Copa, além de se manifestarem com gritos e cantando o Hino Nacional.

Fortaleza tem registrado protestos desde quarta-feira (19), quando 80 mil pessoas foram protestar perto do Castelão, antes da vitória do Brasil sobre o México. Outra manifestação está marcada para a tarde desta sexta-feira em um local próximo ao hotel das duas seleções.

Prevendo dificuldades, as duas delegações adiantaram em meia hora a saída para os locais de treinamento - da Nigéria, o Estádio Presidente Vargas; da Espanha, o Centro de Treinamento do Nordeste, na região metropolitana da capital cearense.

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