Jogadores apoiavam Rubens Bohlen.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A renúncia de Rubens Bohlen da presidência do Paraná, na tarde de terça-feira (24), desencadeou reflexos imediatos no elenco tricolor. O clima descontraído que vinha sendo cultivado entre atletas e comissão técnica acabou. Semblantes sérios e preocupação marcaram o treinamento da manhã desta quarta-feira (25), no CT Racco, o primeiro após a saída de Bohlen.

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“Isso acontece porque temos um clássico no próximo final de semana [contra o Coritiba], mas também em função do dia anterior, que teve essa situação do presidente sair e isso gera outra motivação do grupo”, confessa o capitão Lúcio Flávio.

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Até o momento, segundo o camisa 10, nem o novo presidente, Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, e nem qualquer membro do grupo opositor Paranistas do Bem, que deve assumir o futebol paranista, procuraram o elenco para repassar novas diretrizes, criando um ambiente de dúvida e indefinição entre os atletas.

O gerente de futebol, Marcus Vinícius, e o supervisor de futebol, Fernando Leite, não estiveram presentes ao treino, reforçando a tendência de suas saídas do clube e o início das mudanças no deparamento de futebol.

“É a partir de agora que saberemos se haverá mudança ou não. É tudo muito recente e não foi passado nada para nós. O que nos resta é continuar nosso trabalho, a gente assinou contrato com a instituição. As pessoas passam, nós passaremos, e esperamos que as pessoas que vão assumir o clube tenham essa sensibilidade também”, prossegue Lúcio.

O jogadores não quiseram tratar das acusações de Bohlen contra o ex-presidente da organizada Fúria Independente, João Quitéria, na tarde de segunda-feira (23), que resultaram em um boletim de ocorrência na polícia por causa de ameaças que teriam ocorrido.

“Eu particularmente não vi, não estava mais no clube. O elenco falou pouco disso. A gente lamenta, se de fato ocorreu”, diz o camisa 10. “Se os conselhos e os ex-presidentes acharam que a renúncia era o melhor caminho, respeitamos. A gente espera agora que as coisas sejam conduzidas de forma diferente, com as obrigações sendo cumpridas”, avisa o jogador.

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Apesar de ninguém falar abertamente, os atletas estiveram ao lado do ex-presidente até o último momento. Na véspera da partida contra o Operário, no último domingo (22), por exemplo, o grupo de atletas se reuniu com Bohlen para prometer uma vitória sobre o Fantasma em homenagem ao então presidente. Os 3 a 1 fora de casa, no entanto, de nada serviram para evitar a saída do mandatário.