O zagueiro John Terry ganhou um aliado de dentro do Chelsea no terceiro dia de seu julgamento por racismo. Nesta quarta-feira (11) Ashley Cole, lateral-esquerdo do clube, testemunhou a favor do companheiro, negou que ele seja racista, e disse que o caso jamais deveria ter ido parar na corte inglesa.
Terry é acusado de ter ofendido o zagueiro Anton Ferdinand, do Queens Park Rangers, durante uma partida pelo Campeonato Inglês, em outubro do ano passado. Após analisar as imagens do confronto a procuradoria de Londres decidiu iniciar um inquérito contra o jogador do Chelsea, que teria chamado o adversário de "negro".
Ashley Cole, no entanto, garantiu que Ferdinand disse a palavra "negro" primeiro e que Terry apenas a pronunciou para responder ao rival. "Se eu repeti algo que eu pensei que você disse, então é completamente diferente do que simplesmente dizer algo", afirmou o lateral.
Cole disse ainda que Ferdinand provocou o zagueiro do Chelsea ao longo da partida, citando o nome de Wayne Bridge. Em 2010, Terry envolveu-se em um escândalo público, após ser noticiado que ele mantinha um caso com a ex-mulher de Bridge, seu ex-companheiro no clube inglês.
Ao fim de seu testemunho, o lateral ainda minimizou o caso. "Nós não deveríamos estar sentados aqui", declarou. A corte, no entanto, questionou a versão dada por Cole, dizendo ser "claramente e inerentemente improvável" que Terry tivesse apenas repetido as palavras ditas por Ferdinand sem surpresa ou incredulidade.
"Você (Terry) sabia que havia passado do limite, mas negou tudo desde então", comentou o promotor Duncan Penny. "Você está preso nesta história desde que a colocou na imprensa e não pode voltar atrás. Que bem traria a ele (Ferdinand) fazer esta alegação contra você se não fosse verdade?" questionou. "Não posso responder perguntas pelo Anton", apontou Terry.
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