O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, admitiu nesta quinta-feira (2) que o Furacão tem uma “obrigação de retorno social” após a participação do poder público na reforma da Arena para a Copa do Mundo. Apesar de não entrar em detalhes sobre algumas polêmicas que possui com a prefeitura – que reclama o pagamento do dinheiro das desapropriações no entorno da praça esportiva, por exemplo –, o dirigente apresentou o que considera ser uma retribuição à sociedade.
“O Atlético foi beneficiado muito com a vinda da Copa do Mundo. Nós temos essa gratidão eterna com esta condição que o estado e o município nos possibilitou de transformarmos o nosso estádio em um dos melhores do mundo. Nós temos a obrigação de pensar no retorno social”, falou Petraglia, citando em seguida a intenção do clube de construir a Areninha, ginásio para 10 mil pessoas.
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“Para nós seria muito mais conveniente pegar aqui ao lado e construir uns prédios para alugar, salas comerciais. Nós vamos buscar fazer uma Arena multiuso que vai trazer um retorno institucional para cidade. Nós estamos incorporando a praça, que é do povo e não do Atlético, também dentro de uma atividade social, desportiva, para a comunidade”, afirmou.
Para o dirigente, a Arena com o novo teto retrátil vai ser o diferencial para Curitiba tornar-se uma grande sede de entretenimento. A cidade, além de se aproveitar dessas atrações, ainda poderá se beneficiar dos próprios eventos no estádio, realizados pela prefeitura ou governo do estado. Um exemplo seria o casamento coletivo realizado no estádio no ano passado.
“Todos os eventos que tivemos até agora foram promovidos pelo estado ou prefeitura e com custo nosso de limpeza, manutenção e operação. Há essa parceria, um compromisso de compartilhamento das datas com maior tranquilidade. Temos certeza de que nos momentos oportunos vai ser extremamente útil para a comunidade, [em uma data] fora de qualquer evento que o Atlético busque ganhar dinheiro”, argumentou, contrariando documento enviado pelo clube à prefeitura no qual afirma que os prazos para “emprestar” o estádio se esgotou em 20 de novembro de 2014.
O espaço requisitado pela prefeitura para a colocação de uma secretaria, descrito no contrato de tripartite e motivo de discórdia, não foi citado pelo presidente rubro-negro.
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