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Jogadores do Atletico de Madrid comemoram gol de Godín | Gustau Nacarino/Reuters
Jogadores do Atletico de Madrid comemoram gol de Godín| Foto: Gustau Nacarino/Reuters

O Atlético de Madrid sofreu, perdeu seus dois principais jogadores ainda no primeiro tempo, mas fez história neste sábado. Aguerrida, a equipe superou as saídas de Diego Costa e Arda Turán nos primeiros minutos e calou o Camp Nou ao ficar no empate por 1 a 1 diante do Barcelona. Com isso, faturou seu décimo título do Campeonato Espanhol na história, sendo o primeiro desde a temporada 1995/1996.

O resultado garantiu o título a uma equipe que começou a temporada tida como terceira força no país, atrás justamente do Barcelona e do Real Madrid, mas que surpreendeu e, com uma forte defesa, terminou o campeonato na primeira posição, com 90 pontos. O time catalão garantiu o vice-campeonato, com 87.

Depois de perder nas últimas duas rodadas e ver a conquista ficar arriscada, o Atlético entrou em campo precisando apenas empatar, conseguiu chegar à igualdade depois de sair atrás no primeiro tempo e se segurou na defesa até o apito final.

O título premia a equipe que teve como seus heróis ao longo da campanha nomes como Courtois, Miranda, Godín (autor do gol deste sábado), Arda Turán e Diego Costa. O maior ídolo da torcida, no entanto, está no banco de reservas: o técnico Diego Simeone, presente na conquista de 1995/1996 como jogador.

O jogo

O primeiro chute da partida foi do Barcelona, com Adriano, aos seis minutos. Ele cortou para o meio e bateu forte, mas em cima de Courtois. O Atlético respondeu e chegou pela primeira vez aos 10. Gabi lançou Juanfran, que tocou de primeira para o meio. Piqué afastou na pequena área.

Quando o time madrilenho parecia se estabelecer em campo, sofreu dois duros golpes. Aos 13 minutos, Diego Costa arrancava em contra-ataque. Ao ser acionado, voltou a sentir a coxa e precisou deixar o campo para a entrada de Ádrian. Aos 21, foi a vez de Arda Turán se contundir após trombada e também precisar ser substituído, por Raul García. Tanto Diego quanto Turán traduziram a frustração em um longo choro no banco de reservas.

O Barcelona aproveitou o baque atleticano com os desfalques e foi para cima, até abrir o placar aos 33 minutos. Fàbregas lançou na área para Messi, que tentou dominar no peito mas acabou perdendo um pouco o controle. A bola sobrou para Alexis Sánchez, que mesmo com pouco espaço decidiu encher o pé e acertou o ângulo de Courtois, marcando um golaço.

Mesmo com a vantagem, o time catalão parecia nervoso e no fim do primeiro tempo alguns jogadores discutiram com o árbitro da partida. Na volta para a etapa final, o Atlético empatou, logo aos três minutos, em sua principal jogada: a bola aérea. Gabi cobrou escanteio da direita, a defesa do Barcelona dormiu e Godín aproveitou para saltar sozinho. O uruguaio finalizou com precisão, forte, no canto esquerdo de Pinto.

A partir daí, o que se viu foi um jogo de ataque contra defesa, com o Barcelona pressionando. A equipe até conseguiu o segundo gol, aos 18, mas foi anulado. Após cruzamento da direita, a bola rebateu na zaga e sobrou para Messi, que encheu o pé para marcar em posição irregular. O juiz marcou impedimento, entendendo que Alexis Sánchez também desviou na bola antes que ela chegasse ao argentino.

Poucos minutos depois, Gerardo Martino lançou Neymar na vaga de Pedro, mas o brasileiro pouco fez. Quem tentou foi Daniel Alves, em chute de fora da área, desviado por Courtois. O Atlético se segurou como pôde e foi premiado com o apito final do árbitro, que levou às lágrimas boa parte dos jogadores madrilenhos.

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