O médico Luiz Sallim Emed completou 100 dias como presidente do Atlético na última terça-feira (22). Período em que o novo cartola deflagrou o plano de “reabertura” do Rubro-Negro, uma das principais promessas da campanha que elegeu a chapa CAPGigante em 12 de dezembro do ano passado.
Logo no início da atual temporada, Sallim ampliou o relacionamento com a imprensa e, ao longo do tempo, buscou estar mais próximo da torcida. O objetivo é afastar do Furacão a imagem de clube “fechado”, construída pela gestão de Mario Celso Petraglia, eleito presidente do Conselho Deliberativo.
“Faço um balanço muito positivo. Mesmo em um curto espaço de tempo, conseguimos realizar alguns compromissos de campanha. Coisas concretas que me dão satisfação e que são fruto do trabalho em equipe dentro do clube”, avalia o presidente do Furacão.
Entrevistas
Antes restrita aos veículos de comunicação detentores dos direitos de transmissão dos campeonatos, a janela de imprensa no CT do Caju passou a ser frequentada por jornais, sites, tevês e rádios de forma geral. O mesmo vale para a coletiva de atletas e técnico após as partidas na Baixada.
Mais do que o relacionamento com a imprensa, Sallim se esforça para atender aos atleticanos. Em fevereiro, o clube realizou uma promoção com ingressos a R$ 40 (R$ 20 meia-entrada) para o jogo com o Criciúma, pela Primeira Liga. A iniciativa quebrou o recorde de público da Arena com 33.270 pagantes e 35.746 total.
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Diretor do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, o cartola aposta também no corpo a corpo com os torcedores. Antes do confronto com o Tigre catarinense, apareceu na fila de venda de bilhetes para agradecer aos rubro-negros e fazer propaganda dos planos de sócios do clube.
Sallim também atua também como uma espécie de “relações públicas” do Furacão. É assíduo em grupos de Whatsapp (rede social para celular) de atleticanos. Após a derrota no Atletiba, por 2 a 0, na Baixada, publicou mensagens em defesa da atual administração.
“Não é uma derrota que vai apagar o trabalho que estamos fazendo. Investimos no time, fizemos contratações e estamos atentos e cobrando os resultados. O torcedor precisa entender tudo isso”, comenta Sallim.
Troca de treinador
A gestão de Sallim já contou com uma troca de treinador. No início de março, Cristóvão Borges foi demitido e o escolhido para substituí-lo foi Paulo Autuori. A fase do time é irregular. O Furacão faz campanha abaixo do esperado no Paranaense, onde ocupa apenas a quinta colocação, com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas. Na Primeira Liga, no entanto, a equipe se classificou para a final e lutará pelo caneco com o Fluminense.
Petraglia
Nos poucos mais de três meses à frente do Furacão, Sallim enfrenta ainda as comparações com Petraglia, presidente dos quatro anos anteriores, de 2012 a 2015. E insinuações de que o cartola, agora líder do Deliberativo, segue dando as cartas na Baixada.
“O Mario está ajudando de forma despretensiosa. Não é de mandar, não há nada autoritário. Está ajudando nas questões do estádio e nas contratações de jogadores. Não posso desperdiçar essa expertise. É um apoio importante”, afirma Sallim.
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