Mais um passo importante foi dado no processo que a Fomento Paraná move contra o Atlético. Um perito judicial, especialmente designado para o caso, avaliou o estádio em aproximadamente R$ 600 milhões, dentro do processo legal de pós-penhora. O Governo cobra R$ 226,1 milhões do Furacão, valor oriundo de empréstimos realizados para as obras da Arena da Baixada.
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Em última instância, o Atlético pode perder imóveis penhorados no empréstimo, como o seu estádio e o CT do Caju, que iriam a leilão público. Na prática, a definição do valor do estádio rubro-negro livra o centro de treinamento de qualquer penhora, já que o valor da Arena já é superior ao empréstimo.
Para Samuel Ieger Suss, diretor jurídico da Fomento, autarquia do governo estadual, o valor é um importante sinal de que os cofres públicos não serão onerados. “Esse valor é uma segurança, uma garantia confortável. Entretanto, independente do valor, acreditamos que chegaremos a um acordo com a CAP/SA, empresa que geriu as obras da Arena, antes de chegar a essa instância”, alega o diretor.
A celeuma toda começou com o atraso do Atlético no pagamento regular do financiamento e na divisão posterior dos valores a serem retornados aos cofres públicos – a obra começou com um valor e encerrou-se com outro, quase o dobro do original. A partir de cláusula estabelecida em contrato entre as partes, a Fomento passou a cobrar a totalidade da dívida.
Para o advogado do Rubro-Negro, Luiz Fernando Pereira, é impossível a Arena sair das mãos do Atlético e o acordo está prestes a acontecer. “De fato, o valor de execução representa uma garantia para a Fomento. Contudo, o mais importante é que as negociações estão avançando. Acredito que até o fim do ano tudo seja resolvido da melhor forma, para ambas as partes”, esclarece.
O Furacão reclama, desde o início, para que valor final da obra, R$ 354 milhões, seja dividido em três e não somente o orçamento original, de R$ 184 milhões. O Estado sinalizou positivamente, mas a Prefeitura de Curitiba – também envolvida no custeio do estádio por meio do potencial construtivo (título virtual que permite a construção de imóveis com metragem acima do previsto por lei) não aprovou.
“Reiteramos que as negociações estão evoluindo e não é do interesse da Fomento a situação chegar ao ponto crítico do leilão. Não é o que esperamos. Enquanto isso, o processo segue o curso natural”, define Suss. “Nosso interesse é por uma solução rápida. Não temos interesse algum em prejudicar o Atlético”, reitera. Especialmente reformada para a Copa, a Arena foi sede de quatro jogos no Mundial.
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