O Atlético ainda não sacramentou o acordo que mantém com o Exército pela cessão da área que abrigava quatro prédios da União de posse dos militares, na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Buenos Aires.
A negociação dos terrenos, usados para ampliar a Arena visando os jogos da Copa do Mundo, servem como contestação pelo clube para a indenização cobrada pela prefeitura pela desapropriações de áreas vizinhas ao estádio.
Em troca dos prédios, o Rubro-Negro se comprometeu a erguer um condomínio, no bairro Bacacheri, no mesmo valor dos imóveis que estavam sendo desapropriados.A obra até começou, mas está paralisada desde o Mundial.
Os antigos vizinhos da Baixada quiseram tocar a construção por conta própria, executando uma carta de fiança do banco Itaú, espécie de garantia para que a obra se viabilizasse no caso de faltar dinheiro para o clube.
Não puderam. O Atlético entrou com um mandato de segurança pedindo à Justiça para explicar o motivo da paralisação dentro do processo interno movido pelo Exército. Até lá, tudo segue parado no que já foi um canteiro de obras. "Acreditamos que até o fim de janeiro esse processo interno estará finalizado", afirmou ontem o coronel Tratz, da 5.ª Região Militar do Exército.
Segundo ele, são dois caminhos: ou o Rubro-Negro garante a continuidade da construção ou o Exército irão executar a garantia bancária tão logo o processo interno seja finalizado.
O dinheiro gasto para adquirir a área militar foi usada pelo Atlético como argumento para mostrar à prefeitura de Curitiba que já havia arcado com sua parte nas desapropriações dos terrenos vizinhos ao estádio, como revelou ontem a Gazeta do Povo.
De acordo com o clube, o investimento foi de R$ 7,2 milhões, o que liberava o Atlético de arcar com os R$ 14,2 milhões restantes cobrados pelo município pelos outros terrenos, já que o acordo é tripartite o governo estadual fecha a operação.
A prefeitura contesta. A versão do Palácio 29 de Março é que o acordo entre as partes deixa claro que o valor das desapropriações deveria ser pago integralmente pelo clube até o fim do ano passado, com a compra de outros terrenos que seriam utilizados pelo município. Segundo o secretário municipal de Urbanismo e responsável pela pasta da Copa até o evento da Fifa, Reginaldo Cordeiro, o processo foi encaminhado para a Procuradoria-Geral de Curitiba, que deve encaminhá-lo à Justiça.
Procurado, o Atlético não quis se manifestar.
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