O jogo
Sem inspiração, o Atlético apostou nas bolas paradas de Paulo Baier. O veterano, porém, não teve sucesso. Lá atrás a defesa também aprontou, permitindo que Romário fizesse o gol único dos nordestinos (19/1º).
Na segunda partida sob o comando de Ricardo Drubscky, o Atlético continuou seu descenso na classificação da Série B, se aproximando perigosamente da zona de rebaixamento.
A derrota por 1 a 0 para o Ceará, em Fortaleza, fez o Furacão estacionar nos sete pontos, mesma soma do Guarani, 17.º colocado, time que abre a lista da degola. A derrocada é reflexo das três partidas sem vitória no Brasileiro (um empate e duas derrotas) o último triunfo foi no dia 1.º de junho, 3 a 0 sobre o Barueri.
Nem mesmo o veterano Paulo Baier, principal arma do Furacão com sete gols na temporada, foi capaz de reverter a má fase da equipe. O meia voltou ontem a atuar em jogos fora de Curitiba (havia participado da estreia do Rubro-Negro contra o Joinville) e desperdiçou a chance de ao menos garantir um pontinho a mais para Atlético errou um pênalti aos 39 do segundo tempo. "Tentei bater firme no canto e o goleiro pegou. Mas chamo a responsabilidade para mim. Perdemos por causa desse detalhe", justificou.
O capitão, no entanto, não poupou críticas à demora dos dirigentes para formar uma equipe com mais maturidade em campo. "Nós temos uma meninada, isso faz diferença na Série B. A juventude dá mais dificuldade à nossa equipe, precisamos de mais atletas para nos ajudar", reivindicou.
No fim da partida, o técnico Ricardo Drubscky voltou a pedir um voto de confiança dos torcedores. "Precisamos ter tranquilidade, alguns jogadores irão chegar. A meninada responde bem, mas não tenha dúvida que precisamos dar uma encorpada na maturidade do time", admitiu.
Uma das apostas de Drubscky para tentar aumentar a capacidade ofensiva do Atlético ontem foi o atacante Pablo, escalado ao lado de Baier. A estratégia, porém, não deu certo. "A realidade do futebol no país é essa. Quando eu vim para cá, sabia que ia ser dessa forma. Mas também não adianta ficar desesperado. Se desespero fosse bom, o futebol brasileiro estava em outro nível", esquivou-se o técnico.
O Furacão volta a campo no próximo sábado, no Gigante do Itiberê, em Paranaguá, contra o Bragantino.
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