O Atlético é uma exceção no G4. Enquanto os concorrentes diretos pelo título e por vaga na Libertadores abriram o bolso para montar seus elencos milionários, o Rubro-Negro percorreu o caminho inverso: colocou em campo uma equipe quase totalmente forjada em casa e, de quebra, ainda economizou.
INFOGRÁFICO: Veja a importância da base para a formação do time atleticano
O time-base do técnico Doriva tem oito jogadores que passaram pelas categorias de base do próprio clube. É um número muito superior aos adversários no topo da tabela do Brasileirão. Nem juntando os pratas da casa de Cruzeiro, Corinthians e Fluminense os três primeiros no campeonato dá margem para comparação. O time mineiro entrou em campo na última partida com apenas um atleta criado pela agremiação. O Corinthians tinha dois, enquanto o Fluminense nenhum.
"Isso mostra que o Atlético está no caminho certo na maneira de pensar e organizar futebol, investindo nas categorias de base. Não é fácil colocar os jovens para jogar, mas temos dado vazão a isso, porque entendemos que esse é o caminho do futebol brasileiro", elogia Doriva em entrevista à televisão oficial do clube.
Tirando o gol, defendido por Weverton, o Furacão tem representantes do CT do Caju em todos os outros setores. Na defesa, a dupla de zaga é formada por Cleberson e Léo Pereira os laterais estrangeiros Sueliton e Natanael completam a retaguarda. O meio de campo e o ataque são 100% caseiros. Deivid, Otávio e Marcos Guilherme formam a meia cancha. Douglas Coutinho, Marcelo e Éderson monopolizam o setor ofensivo.
Ao escalar tantas pratas de casa, o treinador mostra que não tem receio de que o fator inexperiência possa atrapalhar a campanha atleticana. Afinal de contas, tirando Deivid e Éderson, que têm 25 anos, os outros fecham uma média de 19,8 anos. No geral, isso puxa para baixo a média de idade de todo o time: 22,3. "É um time jovem, com velocidade. Quando acaba o jogo, parece que [os meninos] nem suaram, nem correram", brinca o vovô Weverton, de 26 anos o mais velho é Sueliton, com 27.
É um risco calculado, mas também imposição do momento, fruto de uma retração financeira do Atlético. Com a atenção voltada para a conclusão da Arena da Baixada para a Copa, os recursos para o departamento de futebol rarearam. Sem dinheiro para contratar, a aposta nas categorias de base se apresentou como a única saída.
Com tantos inquilinos do CT do Caju, seria natural que algum resquício de equipes de divisões menores sobressaísse. Ou jogaram juntos em competições de base ou defenderam o sub-23 nos Paranaenses de 2013 e 2014. Dessa forma o entrosamento prévio se transportou para o momento atual.
"Eu cresci junto com o Marcos Guilherme e o Otávio. Estamos há pelo menos quatro anos juntos. E o nosso time tem trabalhado junto há um bom tempo. Isso facilita muito. Já conhecemos o posicionamento um do outro", atesta o atacante Douglas Coutinho ao site oficial do clube.
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