Diretor da Lanik afirma que empresa não pretende constranger o Atlético
O diretor-executivo da Lanik I S.A., César França, rebateu as acusações feitas pelo Atlético na tarde desta terça-feira (16), de que a empresa espanhola "dissemina o medo" em relação à instalação do teto retrátil da Arena da Baixada. Para o representante da Lanik, a empresa "não tem a intenção de constranger o CAP, não necessita da imprensa para praticar publicidade, divulgar seus produtos e nem aumentar lucros no Brasil".
França mantém a postura de que o Atlético ainda deve dinheiro para a Lanik e que não tem cumprido protocolos básicos de segurança do trabalho. Algumas fotos foram enviadas com marcações de supostas irregularidades durante o içamento das peças e instalação das vigas.
Por fim, França afirma que não quis atentar contra a honra de ninguém. "A recusa em fazer algo não significa que queremos prejudicar ou constranger uma organização como o tradicional Atlético, suas equipes, seus diretores, seu presidente, subcontratados e outros. Significa apenas que discordamos dos métodos técnicos e profissionais usados para alcançar seus determinados objetivos. Na verdade, a Lanik I. SA será irresponsável, negligente e desleal se não expressar o que percebemos em nossas supervisões", concluiu. (ELK)
O Atlético questionou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (16), todas as denúncias e reclamações feitas pelo diretor-executivo da Lanik I S.A, Cesar França, sobre a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada. Segundo o clube, o representante da empresa espanhola "disseminou medo" e disse inverdades que puseram em risco a credibilidade do Rubro-Negro. França acusa o Atlético de não divulgar laudos de segurança e outros documentos que comprovem a ausência de risco para a saúde dos operários. O Atlético garante estar respeitando as normas.
"As ofensas chegam a agredir nossa inteligência e estimula o medo. Eu, meus netos, filhos, amigos e todos nós estaremos embaixo desse teto. A segurança sempre foi o nosso primeiro plano", disse o vice-presidente atleticano Luiz Salim Emed.
Para o engenheiro Luiz Volpato, diretor de projetos e construção do Atlético, é impossível mensurar os prejuízos que as declarações têm causado ao clube. "Tivemos um evento cancelado e não pudemos contratar outros. O prejuízo à imagem do clube, colocando em dúvida a todos, não se dimensiona."
Volpato diz que a relação com os demais funcionários da Lanik é bom e os relatórios produzidos pelo engenheiro Santiago Cizaurre, engenheiro da Lanik que acompanhava a obra na Arena, jamais apontaram os erros mencionados por França. "O relacionamento com a Lanik é excepcional. O problema é esse porta-voz que passa informações e relatos que destoam da opinião de todos os outros", reclama o engenheiro do Furacão.
Ainda segundo o funcionário do Atlético, a empresa só é responsável pela supervisão e fornecimento do equipamento que faz o deslocamento do teto. Todo o resto é responsabilidade do clube. "Quando assinamos o contrato, nem era ele o representante. O Santiago nos disse que não há nada a se questionar", acrescenta Volpato.
O clube garante que o cronograma deixado por Cizaurre segue sendo cumprido. Até o dia 15 de janeiro o içamento das peças deve terminar. Depois faltarão dois serviços: colocação do policarbonato e a automação. "É nesse momento que os engenheiros da Lanik voltam para Curitiba. O teto deve estar pronto entre 5 e 10 de março", garante Volpato.
Processo
O Atlético reafirmou que irá tomar medidas jurídicas contra o executivo. "Os problemas foram levantados intempestivamente sempre que ele tentava conseguir mais dinheiro do Atlético. Se fossem problemas sérios, falaria sobre eles no primeiro momento. O Atlético vai responsabilizar civil e criminalmente a Lanik pelos prejuízos causados ao clube", afirmou o advogado rubro-negro Luiz Pereira.
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