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Domingo Moro considera ineficaz o fato de a multa a ser pago pelo Atlético ir diretamente para a CBF | Antonio More / Gazeta do Povo
Domingo Moro considera ineficaz o fato de a multa a ser pago pelo Atlético ir diretamente para a CBF| Foto: Antonio More / Gazeta do Povo

O advogado do Atlético, Domingos Moro, vai esperar até quarta-feira (18) para entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) questionando a perda de 12 mandos de campo, sendo seis com portões fechados, e R$ 140 mil de multa por causa da confusão em Joinville na última rodada do Brasileiro. A ideia do advogado é esperar a definição do Conselho Deliberativo do Furacão, que se reúne nesta terça-feira (17), que definirá o futuro das torcidas organizadas. Dependendo do que for definido pelos conselheiros. "Vamos esperar para ver o que vai ser decidido. Dependendo do que ocorrer, pode ser utilizado no recurso", contou Moro.

Para Moro, a pena imposta pelo STJD é excessiva e não poderia ser mista, incluindo perda de mando e portões fechados, pois, segundo o advogado, não estaria previsto no Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). "Além disso, a pena de portão fechado é muito pesada, pois inibe qualquer aspecto financeiro", argumenta.

Moro ainda relata que, como o Atlético foi condenado duas vezes no artigo 213 no CBJD - deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto -, não ficou explicito, dos 12 mandos perdidos, quantos se refere à confusão na arquibancada e quantos se refere à torneira jogada da arquibancada no campo.

"Se forem dez mandos pela confusão, é a pena máxima. Se acontecer algo pior, o que irão fazer?", indaga. "Além disso, o que cumpre primeiro: o portão fechado ou o mando de campo?", questiona.

Moro também questiona a validade de o Atlético pagar a multa de R$ 140 mil, já que o valor será depositado integralmente na conta da CBF. "O que isso ajudará a diminuir a violência? Se ainda fosse para uma instituição de caridade ou mesmo para pagar os custos médicos das vítimas, mas do jeito que está não faz sentido", protesta Moro.

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