Estádio de Copa do Mundo com mais recursos privados e menor custo final. Na projeção, o rótulo pertencia à Arena da Baixada, de longe. Na realidade, o posto foi tomado pelo Beira-Rio, local do jogo de hoje, às 18h30, entre Internacional e Atlético, pela quarta rodada do Brasileiro.
FICHA TÉCNICA: Confira as prováveis escalações de Atlético e Internacional
Jogo-teste para o Mundial com gerência de operações do Comitê Organizador Local (COL), a partida coloca frente a frente os donos de dois dos três estádios privados do torneio o Corinthians, proprietário do Itaquerão, completa a lista. Pelo menos no quesito retorno sobre o investimento, o Colorado sai na frente.
Do total de R$ 330 milhões utilizados na reforma do Beira-Rio, o Inter desembolsou R$ 26 milhões, cerca de 7,8%. A construtora Andrade Gutierrez e o clube criaram uma sociedade de propósito específico (BRio/SA) que financiou 75% no BNDES e completou o restante com recursos próprios.
"Saberemos se o Inter foi o clube que mais lucrou com a Copa com o tempo. Temos no momento uma expectativa positiva pelo formato consolidado de modelo de negócio. Soubemos ceder ativos para exploração e permanecer administrando o quadro social. Isso, sem comprometer o contrato de televisão e preservando o investimento em um time competitivo", afirma a segunda vice-presidente do clube, Diana Oliveira.
O estádio, cujas obras iniciaram em agosto de 2012, foi inaugurado oficialmente em abril deste ano as polêmicas estruturas temporárias serão pagas pelo governo e setor privado. A capacidade é de 48,9 mil espectadores, aproximadamente seis mil a menos do que a Baixada.
O novo estádio do Furacão, por outro lado, foi fechado em dezembro de 2011, após o rebaixamento no Brasileiro. Além do desgaste com a opinião pública e atrasos que ameaçaram a presença de Curitiba na Copa, o investimento do Atlético na obra será de pelo menos R$ 61,5 milhões, relativos a um terço do acordo tripartite feito com os governos estadual e municipal. Porém, o orçamento que era de R$ 184,6 milhões saltou para R$ 330,7 milhões. Quem pagará a diferença ainda é uma incógnita.
O trunfo atleticano é o modelo de negócio. Administrando a própria obra, o clube ficará com toda renda do futebol e shows, coisa que não acontece no time gaúcho, que cede à construtora a comercialização de camarotes, suítes, cadeiras vips por exemplo.
O mesmo se repete do caso de exploração de naming rights. Enquanto a renda iria integralmente para a construtora no caso dos gaúchos, o Atlético ficará com o dinheiro de um eventual patrocinador que der nome à Baixada.
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