Walter está pronto para a guerra contra os paraguaios| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O Atlético enfrenta o Sportivo Luqueño nesta quarta-feira (28), às 20 horas, no Paraguai, em partida que transcende as quatro linhas. Vale vaga na semifinal da Copa Sul-Americana e influi diretamente nas eleições no Furacão, marcadas para dezembro.

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Sucesso em Luque significa que a política continua em segundo plano até que a participação no torneio seja definida. Além da taça, vencer o torneio representa voltar para a Libertadores da América em 2016.

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Com a vitória por 1 a 0 na ida, o Rubro-Negro depende de um empate para seguir adiante. A vaga vem também com derrota por um gol caso marque também. Revés pelo mesmo placar leva para os pênaltis.

Por outro lado, um fracasso no país vizinho e a guerra pelo comando do clube se acirra de vez. Em campo, sobra apenas o Brasileiro e o time do técnico Cristóvão Borges depende de uma vitória em seis jogos para entrar de férias.

Até então, há três chapas com a intenção de assumir o Atlético pelos próximos três anos. A CapGigante, liderada pelo atual presidente, Mario Celso Petraglia, a Democracia Atleticana, de Nadim Andraus e José Carlos Farinhaki, e a Atlético de Novo, de Henrique Gaede.

Todas atentas para as consequências do que promete ser uma batalha no Estádio Feliciano Cáceres, localizado na região metropolitana da capital paraguaia Assunção. Rivalidade detonada por uma série de incidentes.

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Os paraguaios reclamaram que o Furacão não permitiu o reconhecimento do gramado da Arena no duelo em Curitiba. Disseram ainda que foram incomodados por foguetes em frente do hotel na madrugada de véspera do jogo.

E os ânimos se exaltaram de vez por causa do gol que valeu o triunfo para o Rubro-Negro. Os jogadores do Luqueño protestaram contra uma cotovelada do atacante Walter, no lance que originou o tento anotado por Marcos Guilherme.

“O Paranaense terá a mesma atenção que nos deu, como não utilizar o gramado e fazer barulho durante a madrugada, algumas coisas amáveis que não se usam mais no futebol”, disse o técnico Eduardo Rivera.

Não bastasse, as duas torcidas ainda trocaram ofensas racistas no Facebook. Em uma delas, uma página de torcedores do Luqueño publicou uma montagem de fotos comparando o meia atleticano Nikão a um macaco.

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A esposa do atleta promete ir à Justiça. “Houve uma tremenda falta de respeito. Ele não é só um atleta, é uma pessoa que fica triste, sofre, tem fraquezas. Vamos processar criminalmente os responsáveis”, afirmou Izabela Luz Sampaio da Cruz.

“Este é o jogo. Este vai ser um jogo de guerra. É um jogo que eu gosto, um jogo truncado, de contato. Meu jogo é este”, comentou o atacante Walter, em entrevista à RPCTV.