Estádio
Excesso de areia no gramado faz clássico ter cara de beach soccer
O calor de 32,2 °C quando a bola começou a rolar não foi o único elemento de praia presente no Atletiba de ontem. O excesso de areia no gramado da Vila Capanema deu ao clássico cenas de beach soccer. Principalmente na metade do campo à direita das sociais, era impossível ver um lance sem que subisse muita areia, fosse pelo quicar da bola, fosse por um pique mais acelerado de algum jogador. Por volta dos 15 minutos, um vento mais forte fez muita areia voar em direção ao gol defendido pelo Coritiba.
"Pelas condições do campo, precisaremos ter raça e vontade para ganhar o clássico", reclamou o lateral-direito Carlos César, do Atlético.
O excesso de areia faz parte de um processo de substituição do tipo de gramado. Uma troca entre a bermuda e um modelo de inverno.
"É um processo natural de troca de gramado, em que se coloca areia e ela é substituída pelo modelo novo. Acontece que com a estiagem dos últimos dias, mesmo com irrigação intensa, a grama nova não tem vencido a areia", explicou o vice-presidente do Paraná, Celso Bittencourt.
Em 2014, o gramado da Vila tem tido uma carga menor de jogos. O Atletiba foi apenas o segundo do Atlético, que voltará a usar o campo quinta-feira, contra o The Strongest, pela Libertadores.
Leonardo Mendes Júnior
É pouco provável que quando fechou contrato com o Atlético no fim de janeiro, o atacante Bruno Mendes imaginasse que sua estreia fosse no clássico Atletiba. E que seu primeiro gol com a camisa rubro-negra fosse justamente encerrar o jejum de vitórias do Furacão no Paranaense. Isso porque, quando foi anunciado como um dos reforços do time para 2014, se pressupôs que lhe estaria reservada a primeira partida como jogador do time principal atleticano.
Mas, no fim das contas, ser confirmado entre os titulares do elenco alternativo momentos antes do Atletiba 359 foi um bom negócio para o atacante de 19 anos: abriu o placar, aos 38 minutos, batendo com eficiência o pênalti bola para um lado, o goleiro William Menezes para o outro e saiu aplaudido de campo, aos 22 minutos do segundo tempo, quando o time vencia por 2 a 0. Do banco de reservas, viu o Atlético ainda ampliar, com Bruno Furlan, transformando a vitória em uma goleada, o que não acontecia desde 2006 (4 a 1 na Copa 100 Anos, também com times reservas). "Muito bom estrear com gol no primeiro jogo. Não teria estreia melhor. Essa semana o grupo todo esteve focado para o clássico, precisando da vitória, em um momento delicado no campeonato", disse.
Bruno destacou a boa convivência com as duas equipes atleticanas, a sub-23 e o elenco principal, que disputa a Libertadores. "Fui muito bem recebido e me sinto muito à vontade. Estava aqui na quarta-feira, muito emocionante [na classificação, nos pênaltis, contra o Sporting Cristal], na raça, todo mundo se doando. Pegamos um pouquinho do jogo de quarta-feira e fechamos o grupo para vencer o jogo", contou.
A vinda do atacante para o Atlético começou nos primeiros dias de 2014 e, em seu anúncio oficial no novo clube, foi definido como "bom finalizador, rápido e objetivo". Mendes está emprestado ao Furacão por um ano, cedido pelo uruguaio Deportivo Maldonado.
Bruno Mendes fez sucesso no Botafogo na reta final do Campeonato Brasileiro de 2012, tornando-se o xodó da torcida alvinegra. Mas, na temporada seguinte, caiu de produção e perdeu a vaga para Rafael Marques que terminou o ano como artilheiro da equipe, com 19 gols e chegou a ficar quatro meses a não ser nem sequer relacionado. Nesse período, conta, a arrancada atleticana no Brasileirão da ZR ao G4 lhe serviram de inspiração. "Dentro de campo não faltou dedicação, garra, força de vontade. O Atlético mostrou dentro de campo que se não dá na técnica, vai na raça", relembrou.
Coxa reconhece superioridade do rival e quer apagar vexame
"Uma derrota para ser esquecida", definiu o zagueiro Bonfim sobre o revés sofrido pelo Coritiba ontem por 3 a 0, na Vila Capanema. Não para menos, em uma noite em que nada funcionou para o time Alviverde no primeiro Atletiba de 2014.
Se a intenção era impressionar o técnico do elenco principal, Dado Cavalcanti, mais uma vez quem cumpriu esse papel foi o goleiro William Menezes, que, apesar dos gols sofridos, livrou o time de uma goleada ainda maior.
Zé Carlos, comandante da formação alternativa, admite que o Atlético teve uma atuação superior e deixa o time no décimo lugar, com cinco pontos, em cinco rodadas. "O Atlético entrou bem determinado, buscou o placar, teve o mérito de jogar nosso time para trás e o lance do pênalti foi crucial. Melhoramos um pouco no segundo tempo, mas não foi o suficiente com um a menos", avaliou, referindo-se à expulsão de Igor Leandro, aos 38 minutos da etapa inicial.
Com a derrota no clássico do Durival Britto, acentuou-se também o sentimento no Alto da Glória de que nem todos os jogadores aproveitaram bem a oportunidade de apresentar seus predicados para candidatar-se a uma vaga no grupo principal. "Não convém citar nomes, mas vimos algumas situações boas e outras que a gente acreditava muito acabaram frustrando. Agora, vamos passar todas as informações para o Dado", destacou Zé Carlos.
Entre os jogadores de quem mais se esperava nestas primeiras rodadas do Estadual, estão o meias Zé Rafael e Thiago Primão, que já atuaram com o elenco principal e o atacante Keirrisson, que não mostrou ter voltado à antiga forma do K9 de 2008. Ontem ele saiu machucado.
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