Segundo o estatuto do Atlético, Nadim Andraus estaria impossibilitado de se candidatar, já que suas cadeiras na Arena estão no nome da empresa da família.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Nem bem começou e o processo eleitoral no Atlético já pode parar na Justiça. Há uma dúvida sobre a participação no pleito de Nadim Andraus, candidato à presidente pela chapa Democracia Atleticana, por causa de um impedimento no estatuto do Furacão.

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As cadeiras e o camarote de Andraus na Baixada não estão no nome do empresário, mas da empresa da família. Situação que impede o atleticano de ser votado nas eleições em dezembro. Segundo o artigo 52 do estatuto, são inelegíveis para o Conselho Deliberativo “pessoas jurídicas associadas ao clube”.

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Apesar disso, Andraus promete recorrer à Justiça para concorrer. “É uma armadilha do estatuto. Eu sou conselheiro do clube, então posso participar politicamente. Meus advogados estão avaliando e eu tenho certeza que poderei participar”, argumenta Andraus.

O empresário integra o atual Conselho Deliberativo do Rubro-Negro, do grupo do atual presidente do Conselho Administrativo, Mario Celso Petraglia, eleito ao final de 2011. Posição que, de acordo com o estatuto, Andraus não poderia ocupar. “É uma contradição. Vou mostrar isso”, reforça.

A questão criou uma confusão dentro da chapa. Em entrevista à Rádio Transamérica, José Carlos Farinhaki, ex-presidente do Rubro-Negro e apoiador do grupo, chegou a dizer que Nadim deixaria a corrida eleitoral em virtude da proibição e outro nome seria escolhido.

Andraus, entretanto, rechaçou a possibilidade: “O Farinhaki se precipitou”.

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Além da Democracia Atleticana, a oposição conta com as chapas Atlético de Novo, do advogado Henrique Gaede, e Coração Atleticano, do empresário Louremar Ribeiro.

O grupo de situação ainda não se manifestou. Petraglia revelou apenas que deve participar somente como apoiador, sem se candidatar.