Os dias que antecedem a eleição à presidência do Atlético têm sido de ‘tiro, porrada e bomba’. Ou quase. Até o sábado (12), data do pleito, o cenário bélico deve ganhar ainda mais força, assim como o jogo sujo para tentar a manutenção ou ascensão ao poder no Furacão.
A ‘bomba’ divulgada pela chapa de situação CAPGigante nesta quarta-feira (9) sugere a inelegibilidade de João Alfredo Costa Filho, candidato ao Conselho Administrativo pelo grupo Atlético de Novo.
Pelo Facebook, a chapa do presidente Mario Celso Petraglia e do candidato a sucessor Luiz Sallim Emed afirmou que o rival tem certidão positiva de débitos trabalhistas, situação que lhe impediria de concorrer. Assim, a situação pleiteou a exclusão de João Alfredo na Junta Eleitoral e, consequentemente, o fim da concorrência nas urnas.
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Além de negar a acusação, a oposição respondeu na mesma moeda. Pediu a impugnação de Petraglia por supostamente ser “incontestável devedor trabalhista”, conforme nota publicada pela chapa.
Até o momento, porém, o presidente da Junta Eleitoral, João Luiz do Rego, não viu motivo para impugnar ninguém e indicou ainda que qualquer medida nesse sentido terá de ser conquistada na Justiça.
A disputa promete seguir acirrada, principalmente nas redes sociais. Lá, contudo, o território não tem lei e o tiroteio corre solto. Montagens em foto e vídeo, ataques vindos de contas falsas e troca de ofensas entre correligionários são conceitos básicos.
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Há uma semana, antes do jogo entre Atlético e Flamengo, o clima de guerra extrapolou a tela do computador. Houve troca de agressões entre integrantes dos dois grupos em frente à Arena da Baixada, fato que acelerou a confirmação da presença da Polícia Militar na eleição – o colégio eleitoral atleticano tem quase 9,5 mil votantes.
E a mais nova polêmica eleitoral é justamente sobre o direito de acesso ao dados dos associados. A CAPGigante tinha até às 14 horas de quarta para entregar as informações cadastrais à Atlético de Novo, o que não aconteceu – dois recursos indeferidos atrasaram a execução da liminar. A Justiça, então, prorrogou o prazo para esta quinta (10), no mesmo horário, sob alerta de uso policial em caso de descumprimento. Uma verdadeira batalha em curso e que, se depender do panorama, pode ir muito além das urnas.