| Foto: Reprodução Internet

Desafios

O novo comandante Claudinei Oliveira terá algumas missões urgentes no Furacão:

1 Arrumar a zaga – O Furacão tem o pior desempenho defensivo do Brasileiro, ao lado do Criciúma, com 25 gols sofridos. Nos últimos cinco duelos, o setor levou 11 – média de 2,2 gols/jogo. Com pouco tempo de treinamento, o novo treinador tentará corrigir as falhas com muita orientação e mudanças no posicionamento. Dráusio e Cleberson devem seguir titulares.

2 Ganhar a torcida – Ex-técnico do Paraná, Claudinei Oliveira (foto) tem na torcida uma grande aliada a partir deste domingo, contra o Palmeiras. Largar com vitória em casa pode ser fundamental para ver o apoio se multiplicar. Porém, o passo crucial para conquistar o torcedor é melhorar o futebol atleticano.

3 Trabalhar com jovens – Claudinei, de 44 anos, trabalhou com sucesso nas categorias de base do Santos , entre 2009 e 2013. Por isso, sente-se confortável para lidar com os jovens atleticanos. Sua tarefa é antecipar o rendimento das promessas, como Marcos Guilherme, Mosquito e Nathan.

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Claudinei Oliveira assumiu o comando do Atlético ontem com três grandes desafios pela frente. Maturar o jovem elenco rubro-negro – cuja média de idade é de 23,4 anos – e corrigir as falhas da pior defesa do Brasileiro (25 gols sofridos) são os dois primeiros. O terceiro, e talvez mais difícil, é resistir à instabilidade do CT do Caju.

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O paulista é o 47.º treinador contratado por Mario Celso Petraglia em quase 17 temporadas do dirigente como homem-forte atleticano. Contando os interinos, o número sobe para 58. Se ficar na média, Claudinei permanece apenas até o fim do Brasileiro.

Doriva, o último treinador trazido pelo presidente, durou somente oito jogos e 70 dias no comando do Rubro-Negro. Bem abaixo dos 128 dias que, em média, os técnicos têm de crédito até serem mandados embora ou deixarem o clube.

Do total de comandantes que sentaram no banco de reservas do Furacão, somente seis conseguiram terminar uma temporada e, na sequência, iniciar outra sob olhar de Petraglia. Os sobreviventes são Abel Braga (1997-1998), Vadão (1999-2000 e 2006-2007), Geninho (2001-2002), Mário Sérgio (2003-2004), Ney Franco (2007-2008) e Ricardo Drubscky (2012-2013).

Situação que não incomoda o novo treinador. "Permanecer vai ser algo automático se fizer um bom trabalho, tenho certeza de que fica. O Atlético tem um excelente centro de treinamento, tudo de alto nível, e o Claudinei está muito motivado", garantiu o empresário Wagner Ribeiro.

O grande trunfo do ex-paranista é a vivência na base. Foram cinco anos formando jogadores no Santos antes de ser alçado ao profissional, no ano passado. Depois, trabalhou no Goiás antes de dirigir o Tricolor.

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Exatamente por causa dessa experiência, foi contratado até o fim da temporada. "Tem tudo para ser um bom casamento. Trabalhei em todas as categorias de base, desde o sub-15 ao sub-20, lancei vários jogadores no Santos. Vi que o elenco é jovem e pela juventude pode ter alguma dificuldade. Vamos procurar conversar, passar confiança. Eles precisam saber que podem errar, que devem ter tranquilidade para fazer o melhor e que não se sintam pressionados", explicou Oliveira ao site oficial atleticano.

O primeiro teste é neste domingo, às 18h30, contra o Palmeiras, na Arena da Baixada. Para estrear com vitória, o técnico já sabe bem o que cobrar. "Não pode faltar vontade. Espero que a equipe seja aguerrida e, com a bola, tenha qualidade para criar as jogadas".