Miguel Ángel Portugal deixa o Furacão com 43% de aproveitamento| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Homem forte do Atlético desde 1995 – com uma folga entre 2009 e 2011 – Mario Celso Petraglia ainda não viu um técnico começar e terminar uma temporada no clube. Ontem, esse tabu foi garantido por mais um ano com o pedido de demissão do espanhol Miguel Ángel Portugal. Em todo o período de dinastia do cartola rubro-negro, contando os interinos, já foram 43 técnicos diferentes. O próximo nome da lista é Leandro Ávila, auxiliar que ficará com a prancheta na mão até que o novo comandante seja anunciado. Isso inclui o jogo com o Corinthians, amanhã, às 22 horas, no Canindé.

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INFOGRÁFICO: Confira os técnicos que passaram pelo Atlético com Petraglia no comando

Portugal deixou o clube após 5 vitórias, 2 empates e 6 derrotas em 13 jogos, um aproveitamento de 43%, o menor entre todos os técnicos que passaram pelo clube desde 2012. Na saída, via internet, alegou problemas pessoais, mas reclamou também da falta de melhores condições de trabalho e da ausência de reforços.

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O comandante do Furacão na última Libertadores se despediu do CT do Caju sem deixar muitos legados, além da efetivação de jovens promessas no time profissional, como o meia Marcos Guilherme e o zagueiro Léo Pereira. Situação forçada pela carência de peças do elenco, desmontado após o Brasileiro de 2013 e novamente reformulado após a Libertadores deste ano.

Por outro lado, Portugal pecou em escalações e sistemas táticos que irritaram o torcedor, a ponto de nos últimos jogos – incluindo o jogo-teste na Arena da Baixada, perdido por 2 a 1 para o Corinthians – o grito de "Fora Portugal" ecoasse forte no estádio. A hostilidade irritou o presidente Mario Celso Petraglia.

"Não havia obrigação de vencermos. Era uma brincadeira com o Corinthians, que se dispôs a trazer o seu time de forma gratuita para que não tivéssemos prejuízo", argumentou. "Quando você ouve ‘Fora Portugal´, é um desrespeito à instituição, à diretoria que está trabalhando a favor do clube. Por que quem está de fora tem mais poder e direito de decisão do que quem tem mais conhecimento de dentro?", indagou, em entrevista à rádio oficial do clube.

No mesmo pronunciamento, Petraglia admitiu que as dificuldades financeiras impediram que os reforços solicitados fossem contratados. "Desde ontem [domingo] fomos surpreendidos com a saída do treinador e estamos quebrando a cabeça para um substituto. Mas me diga quem, quanto custa?", indagou.

Entre os possíveis nomes está o técnico Gílson Kleina. A assessoria dele confirmou uma sondagem do Furacão, mas sem nenhuma proposta concreta, pois o treinador ainda não rescindiu o contrato com o Palmeiras. Outro nome cotado nos bastidores é o de Caio Júnior. Sem dinheiro em caixa, a tendência é que a diretoria banque uma nova aposta para tocar a equipe.

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