Cristóvão Borges minimizou o resultado ruim contra o Cruzeiro e agora terá de encerrar o jejum de vitórias do Atlético diante do Corinthians.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Empate com o Cruzeiro dentro de casa, por 2 a 2, depois de ficar duas vezes à frente no placar. Time chegando a oito jogos de jejum de vitórias no Brasileiro. E tendo sido dominado no segundo tempo pelo adversário. Apesar da estreia longe da ideal no Atlético, substituindo o demitido Milton Mendes, o técnico Cristóvão Borges preferiu adotar um discurso mais otimista, esquecendo os problemas e destacando a postura da equipe.

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“A performance em termos de competitividade foi resgatada. Corrigimos algumas coisas, principalmente o controle do jogo e forma mais organizada da equipe dentro de campo. Ficou claro nesta partida. Conseguimos ficar na frente duas vezes”, ressaltou Borges, que teve praticamente dez dias para preparar o elenco, durante a parada do Brasileiro por causa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018.

“O Cruzeiro é um adversário difícil. Hoje era importante uma vitória e chegamos perto”, lamentou o novo treinador atleticano, satisfeito com a primeira impressão deixada por seus jogadores.

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Na equipe titular, o novo comandante teve muito trabalho para escalar o time, que teve cinco desfalques. O lateral-direito Eduardo, e os meias Hernani e Marcos Guilherme estavam suspensos. O zagueiro Vilches estava à serviço da seleção chilena e o meia Nikão foi vetado pelo departamento médico.

A única alteração que o treinador fez por opção foi a entrada de Ytalo no time titular. O meia atacante foi mal na primeira etapa, muito vaiado pelos 11. 591 pagantes na Arena da Baixada. Acabou sendo substituído no intervalo, dando a vaga para Douglas Coutinho, que tampouco participou de algum lance importante.

TABELA: Veja a classificação da Série A

A grande alteração de Cristóvão Borges foi mesmo a entrada do lateral-direito Bruno Pereirinha na vaga de Matheus Ribeiro. No primeiro lance do português, marcou o segundo gol do Furacão, que colocava o Furacão novamente em vantagem no placar. “Foi a pedido do técnico [apoiar na parte ofensiva]. Quando vi que a bola não ia entrar para mim, tentei aproximar para uma segunda bola e fui feliz em marcar o gol”, comemorou Pereirinha. O êxtase provocado pelo lusitano, porém, durou apenas quatro minutos, quando De Arrascaeta, uruguaio do Cruzeiro, empatou o marcador de maneira definitiva.

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LANCE A LANCE: Veja como foi Atlético 2 x 2 Cruzeiro

Com o resultado, o Furacão é o time que há mais tempo não vence uma partida na Série A. São cinco derrotas e três empates neste período. E a próxima rodada tende a ser de muito mais dificuldade para os pupilos de Cristóvão Borges. Pela frente, o Rubro-Negro terá o líder Corinthians, no domingo (18), às 16 h, novamente na Arena da Baixada.

Amizade na arquibancada: como têm bom relacionamento, as organizadas Os Fanáticos, do Atlético, e Máfia Azul, do Cruzeiro, tiveram as bandeiras colocadas lado a lado na Arena da Baixada.
Mesmo bem marcado – nesse caso por dois adversários –, o atacante Walter mostrou sua habilidade contra a Raposa.
Em um jogo tecnicamente fraco, Walter se destacou no comando do ataque rubro-negro, dando trabalho para a marcação mineira.
O goleiro Weverton ganha de Bruno Rodrigo na jogada pelo alto.
Bola na rede: Ewandro abre o placar na Arena da Baixada aos 36 minutos do primeiro tempo.
Diante de um goleiro Fábio impassível, Ewandro sai para comemorar o primeiro gol atleticano.
O goleiro Fábio, do Cruzeiro, com cara de poucos amigos depois de sofrer o primeiro gol da partida, marcado por Ewandro. Ao fundo, festa e demonstração de união do grupo rubro-negro.
Substituto do demitido Milton Mendes, Cristóvão Borges, 50º treinador da Era Petraglia, estreou no comando do Atlético depois de pouco mais de dez dias apenas treinando a equipe. Teve trabalho à beira do gramado.
O lateral Fabrício comemora o gol de empate do Cruzeiro, dando o primeiro susto à torcida do Atlético na Baixada.
Logo depois de entrar em campo, o lateral português Pereirinha voltou a colocar o Furacão em vantagem no placar: 2 a 1 para os donos da casa, mesmo em dificuldades na partida.
A alegria do Rubro-Negro não durou muito. Quatro minutos depois de o Atlético abrir vantagem no placar pela segunda vez no confronto, o Cruzeiro voltou a igualar o marcador. De Arrascaeta acertou um chute de primeira e saiu para comemorar (e muito) com os companheiros. Placar final: 2 a 2.
Em um segundo tempo ruim dos donos da casa, o Atlético pouco produziu no ataque. A feição de Walter, em lance com o zagueiro Manoel, simboliza a dificuldade do Rubro-Negro em se recuperar no campeonato. São oito jogos sem vitória, o maior jejum entre os 20 participantes da Série A.