A vitória por 1 a 0 sobre o Brasília não foi suficiente para que o Atlético alcançasse os dois objetivos que havia projetado para esta quarta-feira (24). O fraco desempenho e o placar mínimo não foram suficientes nem para apagar a má fase da equipe no Brasileiro e nem garantiram a tranquilidade esperada para o jogo da volta das oitavas de final da Sul-Americana, competição que é prioridade do Furacão neste semestre.
Assim, vaiado e pressionado pela torcida desde antes do apito inicial do confronto, o Rubro-Negro terá de arrancar pelo menos um empate no jogo da volta, na próxima quarta-feira, no Mané Garrincha, para avançar no Continental. Em caso de derrota pelo mesmo placar, a disputa vai para os pênaltis.
O Atlético foi a campo carregando o peso de um jejum de cinco jogos sem vitória nas costas, além de ter sido derrotado no clássico Atletiba do último domingo, se distanciando ainda mais do G4. Assim, a cobrança das arquibancadas começou logo no início do duelo. Durante o anúncio dos 11 titulares, a torcida Os Fanáticos gritou, de maneira irônica, o nome dos jogadores do time campeão brasileiro de 2001. O fracasso no clássico também foi lembrado pelos torcedores antes de a bola rolar.
Mesmo assim, o cenário era propício para o Furacão sair da queda livre. Em casa e contra um oponente que não disputa divisão alguma do Nacional, vencer era, acima de tudo, uma obrigação. E foi o que aconteceu. Mas o triunfo pelo placar mínimo e com tanta dificuldade em campo só ajudaram a aumentaram a desconfiança da torcida.
Desde os primeiros minutos vaias eram ouvidas e depois que Marcos Guilherme perdeu um gol aos 30/1º, a torcida dedicou a ele uma cobrança especial. Atletas como Hernani e Cryzan também foram cobrados frequentemente.
Bastante organizado pelo técnico Omar Feitosa, os visitantes tentavam jogar no erro do adversário. Apesar de mais posse de bola, o Atlético teve dificuldades de finalizar. A marcação do Brasília era forte. Em duas disputas de bola, os visitantes levaram a pior. Artur, ainda no primeiro tempo, e Victor Hugo deixaram a Arena de ambulância. O primeiro com um corte na cabeça e tonto, o segundo após um choque com Weverton e uma batida de cabeça no chão. Victor Hugo chegou a ficar desacordado.
“Não foi um bom jogo. A equipe deles jogou com todos atrás da linha de bola e dificultou muito as entradas”, explicou o técnico Milton Mendes. E o descontentamento só não terminou em revolta porque Hernández aproveitou a boa troca de passes de Cryzan e Marcos Guilherme e marcou o gol solitário da partida. No lance, após o cruzamento do camisa 10 atleticano, o goleiro Welder tentou a defesa, mas foi prejudicado pelo desnível do gramado e soltou nos pés do gringo.
Domingo, o Furacão volta a campo, dessa vez pelo Brasileirão. Contra a Ponte Preta, às 11 h, na Arena, o Atlético tenta voltar a vencer depois de três derrotas e dois empates.
Craque
Hernández
Tentou articular o time, buscou o jogo e acabou marcando o gol do jogo após falha do goleiro adversário.
Bonde
Welder
Entrou no final da primeira etapa, fez algumas defesas importantes no jogo, mas falhou na jogada capital da partida.
Guerreiro
Marcos Guilherme
O meia buscou a bola, se movimentou e arrematou quando teve a oportunidade. Foi a fonte de alguma criatividade da equipe na partida.
Chave do jogo
Sem criatividade no meio de campo, o Furação tentou explorar as laterais para chegar ao gol adversário, mas não teve grande sucesso. O gol só saiu graças à falha do goleiro.
Gols
2º Tempo
1x0 – 18 min.: Sidcley recebe na esquerda e cruza, Welder tenta segurar, mas solta nos pés de Hernández, que completa para o gol vazio.
Cartões
Amarelos:Hernani e Ytalo (A); Murilo (B)
Próximos Jogos
Atlético: Ponte Preta (casa); Brasília (fora); São Paulo (fora)
Brasília: Atlético (casa)