O Atlético completou o terceiro jogo sem vitória no Campeonato Brasileiro ao ser derrotado por 2 a 1 pela Ponte Preta, de virada, neste domingo (28), no Moisés Lucarelli. O tropeço impediu o Furacão de aproveitar um cenário perfeito construído na rodada.
Com o empate do Sport com a Chapecoense e a derrota do São Paulo para o Palmeiras, uma vitória levaria o Rubro-Negro à liderança. A realidade, porém, foi mais dura. Batido, o Furacão saiu do G-4 após cinco rodadas – reflexo das vitórias de Grêmio e Atlético-MG sobre Avaí e Joinville, respectivamente.
TABELA: Confira a classificação do Campeonato Brasileiro
Mesmo fora de casa, o Atlético não se retraiu e foi superior à Ponte Preta, mostrando velocidade e volume de jogo. Saiu na frente com gol do meia Nikão, após jogada em velocidade de Eduardo. Logo, porém, repetiu um problema comum aos três jogos sem vitória: a defesa. O setor que foi vazado apenas três vezes nas seis primeiras rodadas emplacou o terceiro jogo seguido com dois gols sofridos. Sinal de que o problema está acima da ausência do goleiro Weverton e do zagueiro Kadu, suspensos.
Os substitutos, Santos e Ricardo Silva, tiveram atuações distintas – enquanto o goleiro não comprometeu, o defensor foi envolvido nos gols campineiros.
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Pouco depois de o Rubro-Negro abrir o placar, Renato Cajá entrou pelo meio da área para empatar. Novamente quando o Atlético era melhor na partida e buscava o gol da vitória, na metade da etapa final, acabou castigado no contra-ataque, quando o destaque da partida, o atacante Biro Biro, achou o meia Felipe Menezes entre os zagueiros para selar a vitória campineira.
Para o treinador atleticano, Milton Mendes, o resultado deve ser compartilhado com a falta de pontaria rubro-negra. O time errou 11 das 17 finalizações dadas.
NÚMEROS: Veja as estatísticas de Ponte Preta 2 x 1 Atlético
“Tivemos oportunidades mas infelizmente não conseguimos marcar os gols. Os meninos se perderam na marcação e eles foram felizes no lance [do gol da vitória]. A equipe demonstrou que tem capacidade, lutamos pelo resultado que, infelizmente, não veio”, comentou.
Já o volante Hernani lamentou a distração da defesa rubro-negra no gol que selou a derrota.
“No segundo tempo deixamos cair o ritmo, mas isso é o futebol, você não pode vacilar, tem que estar focado durante os 90 minutos”, completou.
Chave do jogo
A ofensividade dos laterais atleticanos foi exaustivamente usada pela Macaca. Biro Biro pela esquerda e Cajá na direita criaram boas oportunidades e por lá saíram os dois gols dos paulistas.
Gols
27min – 0x1: Nikão inicia a jogada, passa para a Eduardo e corre na área para, de primeira, marcar o gol do Furacão.
29min – 1x1: Biro Biro invade a área e toca para Renato Cajá. O craque da Macaca vem de trás e manda pra rede.
25min – 2x1: Biro Biro lança Felipe Azevedo. Ao receber a bola, o atacante corre mais que Ricardo Silva e bate sem chance para Santos.
Craque
Principal fonte ofensiva da Ponte, abusou da velocidade sobre Eduardo e não deu refresco para a marcação atleticana durante o jogo todo. Foi responsável direto pelos dois gols da equipe no jogo.
Bonde
Inseguro, o zagueiro não conseguiu desempenhar o papel de substituto de Kadu, errou diversos lances de cobertura e não deu conta da marcação do ataque da Ponte Preta. Errou no lance do segundo gol.
Guerreiro
Veloz e agudo, o atacante foi uma das poucas peças atleticanas que renderam em Campinas. Marcou um golaço na única chance que teve.
Próximos jogos
São Paulo (casa), Cruzeiro (fora), Corinthians (fora)
Corinthians (fora), Palmeiras (casa), Coritiba (fora)
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