"A nossa aposta é que ele possa voltar ao elenco principal antes mesmo de acabar o Paranaense".
A frase dita pelo empresário do atacante Douglas Coutinho, Taciano Pimenta, no início do ano, não apenas se concretizou, como superou qualquer expectativa.
Aos 20 anos e somente duas temporadas como profissional (65 jogos e 19 gols), o jogador foi negociado pelo Atlético com o Doyen Sports, braço esportivo de um grupo de investidores de Malta. O Furacão vai receber 4,5 milhões de euros cerca de R$ 14 milhões por 70% dos direitos econômicos. Uma ascensão meteórica para quem iniciou 2014 relegado ao time B atleticano.
Natural de Volta Redonda-RJ, Coutinho despontou em 2013. Com 11 gols em 20 partidas, ele foi o principal nome do sub-23 na campanha do vice-campeonato Estadual. Incorporado ao elenco principal após a disputa local, no entanto, o avante sofreu com lesões e quase não foi utilizado por Vagner Mancini. Virou o ano esquecido.
Nesta temporada, precisou começar do zero. Foi titular em quatro das primeiras cinco rodadas do Estadual, passou em branco, mas logo foi chamado para compor o elenco da que disputava a Libertadores. Somou cinco aparições no torneio, sob o comando de Miguel Ángel Portugal.
Mas foi só a partir do pedido de demissão do espanhol, na quinta rodada, que Coutinho começou a se destacar. Ganhou espaço no time do interino Leandro Ávila e, até a parada para a Copa do Mundo, marcou quatro gols (um contra o Corinthians e três contra o Figueirense).
Já com Doriva no comando, o atacante manteve a boa fase e, mesmo saindo do banco em alguns jogos, fez mais três gols (Flamengo, Criciúma e Botafogo), totalizando sete.
As boa atuações atraíram a atenção do técnico Gallo, que o chamou duas vezes para a seleção olímpica. Desde então, porém, o camisa 32 não balançou mais a rede pelo Atlético. Já são 101 dias de jejum.
Convocado para o jogo desde sábado (22), às 21h, contra o Bahia, em Salvador, Coutinho tem as últimas três rodadas para tentar deixar o clube em alta.