O zagueiro Cleberson não esconde a dificuldade ao ser perguntado que nota daria para resumir suas atuações na temporada. "Uma nota boa, mas não sei dizer...", explica o jogador de 22 anos, há três anos no elenco principal do Atlético.
"Ano passado fiz só sete jogos, neste ano são quase 40. Importante é estar jogando, indo bem. Tenho muita coisa a evoluir ainda. Tenho trabalhado para melhorar", completa o defensor, talvez o maior beneficiado com a chegada do técnico Claudinei Oliveira e do zagueiro Gustavo ao Atlético, em setembro.
Antes da vinda dos ex-paranistas, Cleberson tinha atuações irregulares e convivia com muitas críticas da torcida. Muito por causa da falta de ritmo de jogo, já que três lesões musculares praticamente o impediram de entrar em campo em 2013. Quando começou 2014 como titular atleticano na Libertadores, percebeu a diferença.
"Eram seis meses sem fazer nada, só em tratamento. Foi uma correria para pegar o ritmo e ainda por cima em um time novo, já que os mais experientes haviam saído", explica o camisa 4, que contra o Fluminense, no último sábado, marcou seu quarto gol no Brasileiro.
Marcar gols, então, virou uma especialidade que ajudou Cleberson a amenizar a inconstância. Ao lado de Gil, do Corinthians, o paulista de Macatuba é até aqui o principal defensor artilheiro do campeonato. Também balançou a rede contra a Chapecoense, Flamengo e Sport, todos no primeiro turno. Além do Flu, quando juntou o tento com uma atuação muito segura, repetindo as três rodadas anteriores. Segundo o site Footstats, o zagueiro é o vice-líder de rebatidas do Nacional, com 322, atrás de Thiago Heleno, do Figueirense.
"[A melhora] vem pelo trabalho. Sei que a torcida vai pegar no pé, mas sempre trabalhei bastante e uma hora as coisas começaram a dar certo", diz. "O Claudinei e o Gustavo ajudaram a passar tranquilidade, não se desesperar. E a gente encaixou bem ali atrás", fecha Cleberson, que está suspenso e não enfrenta o Galo neste domingo, às 19h30, na Arena da Baixada.