A Arena em sua última versão, moderna e palco de quatro jogos da Copa do Mundo no Brasil| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Da janela no alto do prédio onde mora, na Rua Brigadeiro Franco, Gilda Guimarães não cansa de admirar a Arena. A atleticana de 57 anos tem um carinho especial pela praça esportiva que neste sábado completa 100 anos.

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Gilda é "neta" da Bai­­xada. Foi o avô da jornalista, Joaquim Américo Guimarães, o responsável pelo início da história que agora alcança um século de existência.

"O meu avô foi um pioneiro em tudo que fez. E o estádio sempre esteve muito ligado com a história da nossa família. É uma satisfação imensa e um orgulho fazer parte disso tudo", conta Gilda.

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A rubro-negra é filha de Ney Rebelo Guimarães, um dos oito filhos, todos já falecidos, do patriarca da Arena. De acordo com Gilda, estão vivos 13 netos do desportista e administrador nascido em Paranaguá.

Sócia do Furacão, Gilda não pôde ir ao retorno da torcida ao estádio na última quarta-feira, triunfo por 2 a 0 sobre o América-RN, resultado que desclassificou o clube da Copa do Brasil. Mas pôde sentir a Baixada quase da mesma forma.

"Agora que está toda fechada, o barulho ficou absurdo. Antes a gente ouvia a torcida conforme o vento. Na quarta parecia que estavam gritando dentro da minha sala", destaca a torcedora, sobre a atmosfera do apelidado "Caldeirão do Diabo".

A primeira vez na versão Copa do Mundo pode ocorrer amanhã, no confronto com o Palmeiras, às 18h30, pelo Campeonato Brasileiro. "Estou ansiosa para conhecer por dentro, todo mundo está dizendo que ficou lindo", diz.

É a fase que resta para conhecer. Gilda frequentou as outras três assiduamente, na companhia do pai. Começou lá nos anos 70, no estádio das arquibancadas de "tijolinhos". "Era uma época difícil", relembra.

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Em 1986, o Furacão se man­­dou para o Pinheirão. Voltou em 1994, na Baixada que ficou conhecida como "Farinhakão" – uma homenagem ao presidente que liderou a volta da equipe para o Água Verde, José Carlos Farinhaki.

E da janela da Brigadeiro Franco acompanhou a construção da Arena, a demolição e o crescimento da nova, junto com as filhas Maria Laura e Natália. "Tenho certeza de que a história dela está apenas começando", confia.