Mesmo na reserva, Paulo Baier foi peça importante no acesso| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Aquele dia 4 de dezembro reservava todo o nervosismo de um dia de Atletiba decisivo e Paulo Baier levava no braço a tarja de capitão. Em campo, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, a vitória magra por 1 a 0 minou as chances de o Alviverde voltar a disputar a Copa Libertadores, mas a alegria era superficial, pois o resultado não evitou o rebaixamento do Rubro-Negro.

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Quase um ano após a "condenação", Baier ainda se sentia em dívida. Do banco de reservas, neste sábado (24), ele viu em risco a promessa que fez ainda na Arena da Baixada: a de devolver o Furacão à Série A.

O Paraná era um adversário franco na busca pela vitória e o jogo tinha contornos dramáticos. Ao entrar no lugar de Elias no segundo tempo, o meia voltou a ostentar a braçadeira — até então carregada pelo zagueiro Manoel. O desfecho, desta vez, foi plenamente favorável ao Furacão.

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Aos 38 anos, e de missão finalmente cumprida após a conquista do acesso, o veterano não prometeu mais fôlego, ainda que não falte vontade de seguir jogando.

"Quem sabe hoje [sábado] tenha sido o meu último jogo. Mas eu estou feliz em cumprir a minha última promessa que era a de devolver o Atlético à Primeira Divisão", disse Baier. "Esse foi um ano de muito sacrifício e muita luta", avaliou o jogador, poupado em quase todos os confrontos do Atlético longe de Curitiba neste ano.

Quanto ao ano que vem, o líder atleticano prefere não projetar e não crava a aposentadoria. "Todo mundo sabe que a minha vontade de jogar mais um ano, mas isso fica sob responsabilidade do presidente", finalizou.