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O volante Deivid disputa a bola com o adversário. Jogo ruim irritou o torcedor em Maringá | Ivan Amorim/ Gazeta do Povo
O volante Deivid disputa a bola com o adversário. Jogo ruim irritou o torcedor em Maringá| Foto: Ivan Amorim/ Gazeta do Povo

A relação do técnico Miguel Ángel Portugal com a torcida do Atlético está cada vez mais delicada e num clima de conflito. Ontem, após o empate por 1 a 1 com a Chapecoense, em Maringá, foi a vez dos atleticanos do interior do Paraná cobrarem pela demissão do treinador. Os protestos das arquibancadas já haviam ocorrido no jogo-teste da Arena para a Copa do Mundo.

Na última quarta-feira, após o amistoso com o Corinthians, o espanhol disse em tom irônico que os gritos de "fora Portugal" ocorriam porque os torcedores estavam tentando memorizar o seu nome. "Eles não sabem o nome do treinador do Atlético", declarou o técnico, após a derrota por 2 a 1, na Baixada.

Ontem ele optou pelo silêncio. Não apareceu para a entrevista à rádio oficial do clube como faz em todas as partidas, após o resultado ruim em campo e a nova manifestação da torcida. Indignação do menor público do Brasileiro até agora, de apenas 766 pagantes. Contingente que ainda teve de aturar o atraso para o início da partida, de 16 minutos, na espera pela chegada de uma ambulância ao estádio, requisito obrigatório para a bola rolar.

O descontentamento com o técnico também invadiu as redes sociais e na noite de ontem o termo "Fora Portugal" chegou a estar entre os trending topics, os assuntos mais comentados no Twitter.

Sob o comando de Por­­tugal, o Atlético disputou 13 partidas oficiais, com 43,58% de aproveitamento – foram 4 vitórias e 4 derrotas na Libertadores e a eliminação precoce ainda na fase de grupos do torneio continental, além de 1 vitória, 2 empates e 2 derrotas no Brasileiro, que aproxima o time à zona do rebaixamento.

O desempenho ruim na atual temporada também tem repercutido no elenco do Furacão. Em diversas oportunidades, os atletas demonstraram insatisfação com o trabalho de Portugal. Ontem, o atacante Marcelo reclamou da escalação do time. "Jogar sem um meia de criação fica difícil", disse o avante.

A crítica, no entanto, foi exceção. Após o jogo, o discurso entre os boleiros foi de divisão de responsabilidades. "Temos de ser homens e assumir nossa responsabilidade. Não podemos culpar só uma pessoa e deixar tudo em cima dele [treinador]", disparou o capitão Weverton. Mudança de postura do arqueiro, que foi afastado no início do Nacional por ter sido o porta-voz da insatisfação do grupo com o trabalho de Portugal. "O esquema é esse e temos de fazer o que o treinador pede, trabalhar para que o resultado apareça", completou o goleiro atleticano.

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