Hélio Cury: “Ninguém propõe uma solução.”| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Durante os últimos dias a diretoria do Paraná fez duras críticas à Federação Paranaense de Futebol (FPF), colocando a culpa de qualquer jogador machucado no clássico de hoje na conta da entidade. O motivo da revolta dos paranistas é o fato da federação ter marcado o confronto com o Atlético mesmo com o péssimo estado do gramado da Vila Capanema. Em resposta o presidente da entidade, Hélio Cury, chamou de "aberração" ser responsabilizado por futuros danos aos atletas.

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A argumentação de Cury para se eximir de responsabilidade por lesões tem a ver com o fato da Vila Capanema ter os laudos necessários para a realização da partida e que o clássico deve ser tratado como um jogo igual aos outros. "Em qualquer partida o jogador está sujeito a sofrer uma contusão. É muita incoerência colocar a culpa na Federação", afirmou.

Avisado na quinta-feira de manhã pelo Paraná sobre a dificuldade da realização do jogo, Cury novamente reclamou que o problema deveria ter sido informado no começo da semana. "Ninguém propõe uma solução. Onde tem data? Se a Federação pudesse mudar o dia, mudaria. Queremos somar. Mas o problema é que não há dia disponível", disse.

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Questionado sobre o que fará caso o árbitro Fabio Felipus impeça a partida de ocorrer, o presidente da FPF afirmou que não discutiria sobre uma hipótese. O mesmo argumento foi utilizado pelo dirigente ao ser perguntado se não seria de bom senso cancelar a partida para evitar o deslocamento de torcedores, despesas parar abrir o estádio, problemas com segurança particular e mobilização da Policia Militar, entre outros fatores, que serão inúteis caso o jogo não ocorra.

"Pode chover muito em outra partida qualquer e o jogo não acontecer também. É uma hipótese que não ocorre só aqui. As chuvas têm complicado partidas pelo Brasil inteiro. Mas não podemos avaliar nada ainda antecipadamente, não tem como", argumentou. Cury garantiu que não foi feita nenhuma recomendação especial ao juiz da partida. "Ele cumprirá o seu papel. A decisão é totalmente dele", resumiu.

O superintendente geral do Paraná, Celso Bittencourt, justificou a demora. Segundo ele, chegou-se a conclusão que o gramado da Vila não poderia receber o clássico após o jogo de quarta-feira, contra o Toledo, que ocorreu debaixo de chuva.