Os moradores da rua Madre Maria dos Anjos, ao lado da Arena da Baixada, não estão satisfeitos. Em dias de jogos, ônibus e caminhões de veículos de imprensa têm estacionado na calçada, em frente às casas, e gerado muitos transtornos, o que motivou um abaixo-assinado e até uma promessa de fechar a rua. Um conflito que levou a representantes do Atlético, da prefeitura e dos moradores a se reunirem na quarta-feira (12) em busca de uma solução.
Os problemas estão principalmente no barulho e na sujeira que ficam no local. “Às vezes deixam um gerador a noite inteira ligado. É como se tivesse um caminhão acelerando o tempo todo na frente da tua casa”, conta Paulo Roberto Pontoni, um dos moradores.
Na reunião para resolver o problema, a Secretaria de Trânsito liberou a licença para a utilização do local por mais 60 dias com o comprometimento do Atlético em resolver a situação. O Furacão pediu três partidas para encontrar uma solução.
“Se não resolverem, no quarto jogo [Atletiba do dia 21 de junho], nós vamos fechar a rua. A calçada é lugar de pedestre”, reivindica a moradora Ivana Saldanha Mikilita, uma das líderes do movimento.
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Segundo os dois moradores, os representantes do Atlético admitiram que não foi previsto um espaço onde esses veículos da imprensa possam ficar no estádio. No estacionamento subterrâneo, os equipamentos não passariam pela entrada. No estacionamento aberto, a laje não aguentaria o peso.
Em princípio duas soluções são possíveis: o clube refazer a entrada na Avenida Getúlio Vargas, permitindo a entrada dos veículos de transmissão, ou utilizar o terreno da prefeitura que foi usado durante a Copa do Mundo para o mesmo fim, na mesma rua, aproveitando-se do cabeamento existente.
Esse último caso é mais complicado porque envolve uma negociação difícil com a prefeitura. A relação entre os dois anda estremecida devido às divergências em relação à parte que cabe a cada um na reforma da Arena e nas desapropriações ao redor do estádio.
A prefeitura também foi cobrada pela falta de drenagem no local, um problema que não é responsabilidade do clube. Uma nova reunião foi marcada entre as três partes para o dia 24 de maio para que se chegue a uma definição sobre o novo estacionamento dos veículos de transmissão da imprensa.
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