O Atlético iniciará o Brasileiro no próximo domingo (10), contra o Internacional, com as piores expectativas possíveis. Pelo menos é o que acreditam ídolos rubro-negros, que são unânimes ao não verem nada maior para o Furacão do que lutar contra o rebaixamento.
O pessimismo não é à toa. O clube ficou em nono lugar no Paranaense, após a disputa do Torneio da Morte, e caiu na segunda fase da Copa do Brasil, diante do Tupi-MG, da Série C. Até agora, o Furacão escalou quase cinco times, com um total de 54 jogadores, cinco técnicos, sendo três da equipe principal. Dados que fazem a situação do Atlético antes do início do Brasileiro ser a mais preocupante na era dos pontos corridos, que começou em 2003.
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“Alguém imagina hoje que o Atlético vai ganhar do Inter? A expectativa é a pior possível”, admite Nem, capitão do título brasileiro de 2001. O ex-zagueiro reclama da ausência de jogadores mais experientes, para mesclar com os mais novos, e da atuação do Departamento de Inteligência do Futebol (DIF), que já mostrou “não entender nada de futebol”.
Sicupira, maior artilheiro da história do clube, com 157 gols, também está pessimista para o campeonato que vai até dezembro. Comentarista da Rádio Banda B, ele não economiza críticas. “Estou achando que esse Brasileiro vai ser um desastre. Pelo comportamento do time até agora, o futuro é tenebroso”, diz.
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“Isso é resultado da teimosia da diretoria, que não ouve os outros, não se explica, e do Conselho [Deliberativo], que não cobra as coisas erradas que estão fazendo”, acredita Sicupira, reconhecendo que só uma reformulação total no clube pode evitar um desempenho ruim. “O que eu espero desse Atlético é nada”, conta.
O ex-goleiro Altevir Sales, que defendeu o clube entre 1972 e 1977, vê essa equipe com “os piores resultados antes do Brasileiro dos últimos dez anos”.
“A não ser que ocorra uma virada espetacular, a expectativa não é boa. A gente torce, mas está difícil”, lamenta, sem acreditar que uma mudança de treinador novamente vai mudar a situação. “Precisamos de um meia de qualidade e um jogador de liderança no meio de campo para ditar o ritmo da equipe, que está com o psicológico abalado”, resume.
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