Éderson fez apenas 4 gols em 2014| Foto: Walter Alves / Gazeta do Povo

A velha história do cavalo selado que passa uma só vez aconteceu com o Atlético na negociação do atacante Éderson. O jogador viajou ontem para os Emirados Árabes Unidos para assinar contrato de empréstimo de um ano com o Al Wasl. A quantia que o clube receberá, no entanto, é bem menor do que tudo que já foi oferecido pelo artilheiro do último Brasileiro, com 21 gols.

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"Já houve [propostas] melhores", confirmou o empresário Marcos Casseb, da Traffic, empresa que agencia o cearense de 25 anos desde abril.

"A perspectiva era outra no fim do ano passado. Os valores eram muito mais altos. O fato de ele não estar fazendo gol afeta nisso", explicou o agente, que não quis revelar o valor do empréstimo para o time árabe.

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Quando o camisa 77 estava em alta, o Atlético recusou diversas investidas por causa da participação na Libertadores. Uma proposta chinesa chegou a seduzir o atacante, mas o clube bancou sua permanência e prolongou o contrato até dezembro de 2017 – com direito a aumento salarial. Times da Arábia Saudita e Catar também sondaram o jogador.

Mas a estratégia, que tinha tudo para funcionar, não vingou. Éderson voltou diferente em 2014, fez apenas quatro gols em 20 partidas e começou a ser questionado pela torcida. Foi substituído em todas as partidas do Furacão na Série A – na qual só balançou a rede uma vez – e tinha a vaga de titular ameaçada.

O interesse do Al Wasl, então, foi visto com bons olhos pela diretoria atleticana. Os árabes fizeram o primeiro contato na semana passada e acertaram rapidamente com o clube. Éderson gostou da mudança de ares e terá a chance de fazer o ‘pé-de-meia’.

"Ele está muito feliz. Todo jogador busca dar um salto na carreira, seja esportivamente ou financeiramente. Está maduro, já passou da hora de ter essa oportunidade de atuar fora do país", disse Casseb.

"Vou para um clube que vai ajudar a realizar os meus sonhos e minha família", falou Éderson, por telefone, à Gazeta do Povo, enquanto cumprimentava um a um jogadores e funcionários do CT do Caju, desde o porteiro à cozinheira.

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"Ano passado vivi um momento muito bom, fui iluminado. Neste ano Deus não permitiu que a bola entrasse, mas encarei esse propósito dele. Estou saindo com o dever cumprido e muito feliz", acrescentou o atacante, que deixa a porta aberta para retornar em um ano.

"Deixo na não de Deus, só Ele sabe o dia de amanhã. Estou indo com a esperança de fazer uma grande temporada, jogar bem e fazer muitos gols".