O secretário de urbanismo de Curitiba, Reginaldo Cordeiro, defendeu que é o Atlético que não está honrando com a sua parte no acordo tripartite para a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. Na terça-feira (11) o Furacão emitiu uma nota oficial colocando a culpa na prefeitura pelo não pagamento de dois financiamentos com a Fomento Paraná, o que levou o Estado a pedir o dinheiro na Justiça (R$ 226,1 milhões) ou a penhora do estádio e do CT do Caju.
“A prefeitura tem o compromisso de colocar os títulos de potencial construtivo para vender e tem feito isso, já tendo arrecadado cerca de R$ 20 milhões. Mas esse é um acordo tripartite e não bipartite. O Atlético precisa também pagar a sua parte”, afirmou.
ENQUETE: quem deve pagar pelo excedente no valor da Arena da Baixada?
Cordeiro ainda explicou que o compromisso é de quitar o primeiro empréstimo, de R$ 30 milhões, até o final de 2015. Como a economia do país está em crise e houve uma redução do investimento imobiliário, o município pediu a prorrogação até o final desse ano, o que foi aceito pela Fomento Paraná.
“Não está vendendo muito potencial como se esperava. Enquanto não quitarmos esses R$ 30 milhões do primeiro empréstimo, não podemos por lei começar a venda dos outros R$ 93 milhões referentes ao empréstimo do BNDES. Por isso quem tem que começar a arcar com a sua parte no acordo nesse segundo empréstimo é o Atlético”, reiterou.
A prefeitura trabalha com o orçamento inicial de R$ 184 milhões da Arena – o Rubro-Negro diz que a divisão tem de ser feita no orçamento final, que é de R$ 346,2 milhões. Disso caberia R$ 61,3 milhões ao Atlético, R$ 61,3 milhões ao estado e R$ 61,3 milhões à prefeitura. O governo do estado repassa a sua parte ao município, que emite o potencial construtivo para ser vendido somando as duas partes do poder público, em um total de R$ 123 milhões.
“Inclusive, dos R$ 61 milhões que o Estado deveria nos repassar, só foi passado R$ 45 milhões. Somado com os R$ 17 milhões que cobramos das desapropriações do Atlético, o município tem um furo ainda de R$ 32 milhões”, reclamou o secretário municipal. O Furacão protesta na Justiça para não pagar essas desapropriações.
Reginaldo Cordeiro contou ainda que, com o potencial construtivo que foi vendido a prazo, o total gira em torno de R$ 24 milhões até agora, com a expectativa de chegar até os R$ 30 milhões até o final do ano. A ideia é que, com a valorização do potencial construtivo, chegue no final do processo a R$ 150 milhões.
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