A eleição no Atlético coloca em jogo centenas de milhares de reais. Cifra de um clube dono de patrimônio avaliado em mais de R$ 500 milhões e receitas anuais que superam a casa dos R$ 100 milhões.
Os recursos por temporada são superiores aos de municípios próximos de Curitiba, como os de Pontal do Paraná (R$ 51,6 milhões) e Campina Grande do Sul (R$ 82,5 milhões). E próximos de Almirante Tamandaré (R$ 117,5 milhões) e Campo Largo (R$ 126,6 milhões).
Em 2014 o Furacão obteve R$ 163,4 milhões em receitas, sendo R$ 135,8 milhões sem o dinheiro oriundo das negociações de atletas – fruto de patrocínios e publicidade, cotas de televisão, associados, bilheteria etc. Nos últimos cinco anos, apresentou evolução de 210%, sendo 194% sem a transferência de jogadores.
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De acordo com o último balanço do Rubro-Negro, CT do Caju e a Arena da Baixada representam R$ 520 milhões. Antes da reforma para a Copa do Mundo, o patrimônio imobilizado atleticano alcançava R$ 363,6 milhões.
“É como gerir uma grande empresa. Por isso propomos um conselho gestor, as decisões compartilhadas diminuem os riscos”, diz João Alfredo Costa Filho, empresário do ramo de saúde, candidato ao Conselho Administrativo pela chapa Atlético de Novo.
Também na oposição, Judas Tadeu Grassi Mendes, do Movimento Atleticano, aposta na experiência. “Fundei uma escola de gestão. O clube precisa de pessoas capacitadas”, diz o economista e professor que pertencia à chapa Democracia Coração Atleticano.
Para o representa da situação, Luiz Sallim Emed, candidato ao Administrativo pela CAPGigante, o Furacão já possui uma administração profissional. “O clube já está no caminho. E tenho experiência na gestão hospitalar, que é extremamente complexa”, afirma o médico e diretor do Hospital Nossa Senhora das Graças.
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Ao mesmo tempo, a administração terá de lidar com as dívidas da instituição. Por causa dos empréstimos para a reforma do Joaquim Américo, a dívida passou de R$ 210,6 milhões para R$ 277,1 milhões.
A eleição está marcada para o dia 12 de dezembro, na Baixada. Pleito que pode contar com até quatro grupos diferentes em busca da preferência dos associados – colégio eleitoral de cerca de 10 mil votos.
A reportagem tentou entrar em contato com Paulo Rink, ex-jogador e vereador candidato ao Administrativo pela chapa Mais Atlético. Entretanto, não obteve resposta.