Palco do acesso, rendimento do Atlético no Ecoestádio é melhor do que na Arena pós-Copa

Com a instalação da grama sintética na Arena da Baixada, o Ecoestádio Janguito Malucelli volta a receber o Atlético como mandante após dois quase dois anos, nesta quarta-feira (3), às 19h30, diante do Maringá, na segunda rodada do Paranaense. Se por um lado o apoio do torcedor será menor, já que cabem apenas 3.150 pessoas, por outro, o Furacão tem um retrospecto melhor como mandante no Barigui nos anos em que jogou lá do que na Baixada após a reabertura em 2014.

Entre o começo de 2012 e a metade de 2014, período em que a Arena ficou fechada para a reforma da Copa do Mundo, o Atlético disputou 30 partidas no Ecoestádio, com 19 vitórias, oito empates e apenas três derrotas - aproveitamento de 72,2%. Já na sua própria casa, o Furacão teve desde a reabertura da Arena 49 jogos, com 27 vitórias, 12 empates e 10 derrotas - aproveitamento de 63,2%.

No primeiro ano na casa do J.Malucelli, o local se transformou em garantia de bons resultados. Em 2012, o Rubro-Negro não só não perdeu no Barigui - nove jogos, seis vitórias e três empates -, como ainda garantiu o retorno à Série A na disputa da Segundona do Brasileiro.

Na reta final da Série B, o Ecoestádio ganhou arquibancadas tubulares que triplicaram a capacidade de público. Um apoio essencial para o Atlético alcançar o acesso.

Dois jogos foram emblemáticos para que o Ecoestádio passasse a fazer parte das boas lembranças do torcedor atleticano. Primeiro, a vitória de 5 a 4 sobre o América-MG, com o gol da vitória sendo marcado pelo maestro Paulo Baier nos acréscimos. O segundo, o jogo do acesso, no clássico com o Paraná, no empate por 1 a 1.

Em 2013 o estádio foi usado em menos jogos, dez pelo Paranaense e um pela Copa do Brasil (sete vitórias, três empates e uma derrota). Em 2014, o Barigui recebeu o Rubro-Negro apenas sete vezes pelo Estadual (três vitórias, dois empates e duas derrotas).

Apesar do bom retrospecto em campo, a torcida do Atlético guarda também uma má recordação do Ecoestádio. Na primeira partida, no dia 1º de fevereiro, o torcedor André Scaramussa Lopes morreu atropelado na BR-277 antes da vitória sobre o Roma de Apucarana. A morte acelerou a construção da passarela sobre a via, ligando o estádio ao Parque Barigui.

Gramado

Do atual elenco, apenas o goleiro Weverton e volante Deivid são remanescentes da campanha do Furacão como mandante no Janguito entre 2012 e 2014.O técnico Cristóvão Borges, entretanto, exalta a qualidade do gramado, o que pode facilitar a vida do Atlético no jogo com o Maringá.

“Nossa equipe é muito técnica, então isso é bastante importante. No primeiro jogo sofremos com o campo, pois a bola quicava muito, ficava viva. Com um campo bom a adaptação será mais rápida”, avalia o comandante rubro-negro.

Para o treinador, o apoio da torcida será fundamental, mesmo que a quantidade seja muito menor do que a esperada em jogos na Arena. “Mesmo sendo pequeno [o espaço], a torcida vai lotar. No começo de temporada o apoio é importante para que todos fiquei motivados”, afirma Cristóvão.