Segurança
O clássico de ontem entre Paraná e Atlético foi marcado pela tranquilidade fora de campo. Segundo informações da Polícia Militar, apenas uma ocorrência de tumulto e baderna de uma das torcidas (não identificada pela PM) em um terminal da Fazenda Rio Grande foi registrada. A confusão logo foi controlada pelos policiais. Para a partida na Vila Capanema a polícia mobilizou 500 homens nos arredores do estádio e também acompanhando a saída dos torcedores 100 homens a menos em relação ao esquema montado para o jogo do primeiro turno.
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O péssimo gramado da Vila Capanema cercou de expectativas ruins o clássico entre Paraná e Atlético. Mas, de forma surpreendente, a partida de ontem caminhou em sentido contrário. Tricolores e rubro-negros fizeram um duelo de bom nível, refletido no movimentado empate por 2 a 2.
O encontro, porém, quase não ocorreu, já que o jogo estava ameaçado de ser adiado justamente pela condição do campo, castigado por um erro técnico da empresa contratada pelo Paraná para cuidar do terreno.
Mas Cerca de três horas antes do confronto, o árbitro Fabio Filipus fez uma vistoria no gramado e autorizou que a bola rolasse era dele a prerrogativa de cancelar o clássico, um pedido explícito da diretoria tricolor. O presidente paranista Rubens Bohlen chegou a dizer que iria torcer pela chuva para que o campo piorasse e o confronto fosse remarcado. Polêmica que se refletiu nas arquibancadas: apenas 3.479 torcedores pagaram ingresso para acompanhar o clássico.
A chuva, porém, não passou de uma garoa, liberando a bola para rolar. E o que se viu foi um primeiro tempo com o Paraná procurando mais o ataque. O resultado foi o gol de puxeta de Reinaldo, aos 32 minutos, após cruzamento de Gabriel Marques e desvio de Luisinho.
Neste momento, quando tudo era favorável ao Tricolor, ocorreu a virada mais surpreendente do clássico. Três minutos após o gol paranista, Douglas Coutinho acertou um belo chute de fora da área, empatando o confronto. Já aos 37, em um contra-ataque rápido, o mesmo atacante atleticano botou os visitantes na frente.
Na etapa final o jogo continuou emocionante, com bola na trave a favor do Paraná e segundo gol de Reinaldo, de cabeça, após cruzamento de Lúcio Flávio. Dois minutos depois, a expulsão do rubro-negro Léo fez com que o Tricolor ficasse com um jogador a mais desde os 26 minutos o time buscou a vitória com até quatro homens de frente em campo, mas saiu com a sensação de derrota.
"[Por causa do gramado] o clássico teve uma outra forma, outra cara, mas infelizmente empatamos. Fomos bem no primeiro tempo e tivemos mais dificuldade no segundo", admitiu o meia Lúcio Flávio. "Em seis pontos disputados em casa no segundo turno, conquistamos dois. Não pode ser assim", completou o lateral-direito Ângelo.
"O nosso vestiário estava muito triste depois do jogo porque eles sentiram o gosto da vitória. Mas clássico é assim mesmo. Aos poucos vamos amadurecendo a equipe. Estamos muito satisfeitos com o que eles fizeram", garantiu, do outro lado, o técnico do Atlético Arthur Bernardes, em entrevista ao site oficial do clube. Os jogadores do Rubro-Negro seguem proibidos de falar com a imprensa.
O empate, que fez permanecer o tabu do Paraná de não vencer o rival na Vila Capanema desde 2002, foi menos pior para o Furacão, que se já não está mais em primeiro no returno, chegou a sete pontos e está apenas dois atrás dos líderes J. Malucelli e Londrina. Já o Tricolor é o quinto com cinco.
Paraná 2 x 2 Atlético
Esportes | 3:15
O gramado sofrível não impediu que Paraná e Atlético fizessem um jogo disputado na Vila Capanema. Quando era melhor na partida, o Tricolor foi surpreendido pela eficiência de Douglas Coutinho, que marcou duas vezes. Reinaldo também assinou dois.