Presidente atleticano alega que obras da Arena estão causando atrasos nos pagamentos no futebol| Foto: Albari Rosa / Agência de Notícias Gazeta do Povo

O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, afirmou que perdeu a paciência com parte da torcida do Rubro-Negro. Em entrevista à rádio oficial do clube, o cartola mandou "plantarem batata" os torcedores que, segundo ele, "enchem o saco" cobrando resultados da equipe neste início de temporada.

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Ele citou como exemplo algumas mensagens que recebeu de atleticanos que reclamaram da derrota do time sub-23 para o Toledo, na última quarta, pela segunda rodada do Paranaense.

"Tenham piedade. Vão comprar suas cadeiras [para a Arena], vão ajudar. Meu saco explodiu e agora sou arrogante mesmo: ninguém no mundo fez por um clube de futebol o que o Petraglia fez", falou o dirigente, que elencou o Estadual como a mais baixa de suas prioridades.

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Petraglia admitiu que não está completamente focado no futebol do clube. Sua prioridade é a reforma da Arena da Baixada para a Copa do Mundo, que consome, além de tempo, recursos do clube. Desta forma, sem dinheiro, o Rubro-Negro não está com os salários em dia.

"Estamos atrasados pela primeira vez na história. As obras estão sacrificando o caixa do clube. Antecipamos receitas para suportar o caixa da obra. Tudo isso, não escondo, é pelo projeto do clube", comentou o dirigente.

Sem dinheiro, o Atlético tem sofrido no mercado de transferências e pouco se reforçou para a disputa da Libertadores – a estreia é na próxima quarta, contra o Sporting Cristal, no Peru. Somente o volante Paulinho Dias e o lateral-direito Sueliton foram anunciados oficialmente, ambos contratados sem custo.

Além disso, o clube perdeu a queda de braço para o Flamengo em três frentes: Everton, Léo e o argentino Mugni. "Tínhamos opção de comprar 50% do Everton. O valor chegaria a R$ 2,9 milhões com impostos. Nesse momento da onde [poderíamos tirar], gente?", explicou Petraglia, citando que pagaria R$ 120 mil mensais ao meia – menos da metade do que ele ganhará no clube carioca.

"Sobre o Lucas Mugni, fizemos proposta parcelada e o Flamengo foi lá e pagou à vista mais do que havíamos oferecido", emendou.

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O único esforço financeiro para o futebol do Atlético seria a manutenção do lateral-direito Léo, que estava emprestado pelo Vitória. O negócio, no entanto, tomou outro rumo, segundo o presidente do Furacão. "Com grande sacrifício depositamos R$ 1,5 milhão pelo Léo, mas não nos transferiram o jogador. Venderam para o Flamengo e não nos devolveram o dinheiro. Esse é o futebol brasileiro", criticou.

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