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Oficial de Justiça não encontrou Petraglia nas cinco vezes em que foi à Arena. | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Oficial de Justiça não encontrou Petraglia nas cinco vezes em que foi à Arena.| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo

O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, foi considerado suspeito de ocultação deliberada por supostamente ter se esquivado do oficial de Justiça para não receber a citação no processo em que a Fomento Paraná cobra R$ 226,1 milhões do clube. Na última sexta-feira (2), Fomento e CAP S/A, empresa responsável por gerir a reforma da Arena, tiveram aceito pela Justiça o pedido de suspensão do processo por 20 dias para tentar uma solução para o imbróglio.

De acordo com relatos do mandado de citação destinado a Petraglia e a Lauri Antônio Pick, diretor financeiro do clube, a oficial de Justiça Rosane Gusmão não conseguiu encontrar o mandatário atleticano nas cinco vezes em que foi à Arena da Baixada, entre 20 de agosto e 14 de setembro. Até a secretária do dirigente chegou a ser citada no lugar dele como representante da CAP S/A.

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A procura começou na manhã do dia 20 de agosto. Informada pela recepcionista que Petraglia havia viajado e Pick não se encontrava, a oficial conversou com um advogado do clube para marcar uma data para a entrega do documento. No retorno, cinco dias depois, ouviu da secretária que o presidente tem viajado constantemente e pouco vai à Arena, mas que iria agendar o recebimento da citação.

A terceira tentativa sem sucesso foi na tarde de 9 de setembro, quando a oficial de justiça soube que Petraglia não iria ao estádio naquele dia. No dia 11 do mesmo mês, novamente foi informada que o mandatário rubro-negro não estaria na Baixada. Dessa vez, no entanto, a secretária afirmou que não estava autorizada a marcar uma data para a entrega da citação. Por telefone, em conversa com o advogado do clube, ouviu que somente a secretária poderia agendar o encontro.

Então, “suspeitando que o réu oculta-se deliberadamente para evitar a citação” - segundo a ação -, a oficial designou citação por hora certa para às 16 horas da segunda-feira, dia 14 de novembro. A secretária foi intimada a informar o dirigente sobre o comunicado judicial.

Neste momento, um erro de digitação confundiu todo o processo. A intenção do agendamento era para setembro, não novembro. Quando voltou, no dia 14 de setembro, Petraglia não estava. A oficial de Justiça, então, decidiu citar a secretária em nome da CAP S/A.

Mas, segundo o advogado do Atlético, Luiz Fernando Pereira, o presidente atleticano foi citado quatro dias depois, por hora certa, no dia 18 de setembro.

“Não houve isso [suspeita de ocultação]. Ele viaja bastante e também houve um erro de digitação que atrapalhou. Mas isso não tem relevância. O que são alguns dias em um processo que pode durar 11 anos?”, afirmou Pereira.

Veja um trecho do documento:

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