Nos quase 20 anos em que Mario Celso Petraglia deu as cartas no Atlético, o clube avançou em todas as frentes. Conquistou títulos importantes, como o Brasileiro de 2001 e, especialmente, viu crescer o patrimônio, uma marca pessoal do cartola. Nas contas do dirigente, o Rubro-Negro valerá R$ 1 bilhão quando tudo estiver concluído.
Logo que chegou ao poder, em 1995, Petraglia apresentou um projeto para reformular o Joaquim Américo. Após oito anos fechado, o estádio havia sido reaberto há apenas um ano, por iniciativa do presidente José Carlos Farinhaki.
Ainda naquela temporada, o Rubro-Negro fechou um acordo com o governo do estado, que desapropriou o parque aquático do clube, em São José dos Pinhais, para construir um canal extravasor. Em troca, ofereceu uma indenização que possibilitou a compra do CT do Caju.
O projeto da nova praça esportiva, a terceira versão da Baixada, não saiu do papel imediatamente, apenas feitas adequações. Até que em 1997 o sonho de Petraglia de construir uma arena nos moldes europeus passou a sair do papel.
O “Farinhacão”, como ficou conhecido, foi demolido e, com o suporte de Ênio Fornéa, membro da diretoria atleticana e engenheiro renomado, a nova casa ganhando forma. Até que em 24 de junho de 1999 foi inaugurada a Arena da Baixada, pioneira no estilo arquitetônico na América Latina.
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Desde então, Petraglia, que fez carreira profissional no ramo de infraestrutura, dirigindo a empresa Inepar, passou a alimentar outro desejo: trazer a Copa do Mundo para a Curitiba.
Um longo e intrincado processo que iniciou em 2007, com a confirmação do Brasil como sede do Mundial. Foram anos de confusões, no âmbito do futebol, para a escolha da Baixada, e na esfera pública, com a discussão com o governo do Paraná e a prefeitura de Curitiba para dividir o custo.
Somente em 2012 a quarta versão do Joaquim Américo começou a ser erguida. Por pouco o projeto não foi riscado do programa da Fifa, por causa do atraso em decorrência da má gestão. Ficou pronto pouco antes do início da Copa, em junho do ano passado. Quatro jogos foram disputados na Arena.
Mesmo um ano após a competição, ainda não se sabe como será paga a conta da reformulação, que custou cerca de R$ 346,2 milhões, de acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TC-PR). Atlético, prefeitura e governo discutem a fatura.
E os planos de Petraglia quanto ao patrimônio ainda não cessaram. Após cobrir o estádio com um teto retrátil, o dirigente pretende construir um ginásio multiuso no terreno do estacionamento anexo.
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