O Vasco vai tentar recorrer ao tapetão para se livrar do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Na noite de segunda-feira o clube decidiu que irá entrar com recurso no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para ganhar os pontos da partida contra o Atlético, domingo passado, vencida pelos paranaenses por 5 a 1 na Arena Joinville.
Nos planos da direção vascaína está conseguir ganhar os três pontos na justiça e assim chegar aos 47, ultrapassando o Criciúma, que seria a equipe rebaixada para a Série B. Outro beneficiado seria o Botafogo, que passaria o Atlético, terminaria o Brasileirão em terceiro e teria assegurada vaga na fase preliminar do Brasileiro.
Entretanto, o próprio STJD rechaça a possibilidade de o Atlético perder pontos. Em entrevista à Rádio Globo, o presidente do STJD, Flávio Zveiter, disse que será julgado apenas a responsabilidade dos clubes, do árbtiro e das torcidas na confusão.
A possibilidade de tapetão lembra o Brasileiro de 1999, quando o Botafogo se livrou do rebaixamento conseguindo, na Justiça, os pontos da partida em que levou 6 a 1 do São Paulo. Na época, venceu a tese de que o time paulista deveria perder os pontos da partida por ter escalado irregularmente o jogador Sandro Hiroshi que havia tido a idade adulterada antes de chegar ao Morumbi.
Na época, o tapetão fez o Gama, de Brasília, ir à Justiça comum e conseguir paralisar o Campeonato Brasileiro. Como a CBF não podia organizar o torneio em 2000, o Clube dos 13 criou a Copa João Havelange. Não só o Botafogo não precisou jogar a segunda divisão como o Fluminense, que novamente está na Segundona, foi alçado diretamente da Série C à elite.
A alegação do Vasco para ir ao STJD é de que a partida na Arena Joinville, paralisada por conta da briga entre torcidas organizadas dos dois clubes, foi retomada mais de 70 minutos depois, desrespeitando o Regulamento Geral de Competições da CBF que determina um máximo de uma hora de pausa.
O Vasco vai tentar provar, no STJD, que o Atlético, mandante da partida, era responsável pela segurança. E que foi a falta desta, por responsabilidade dos paranaenses, que fez o jogo atrasar. Além disso, os cariocas reclamam que Antônio Lopes, ídolo vascaíno e hoje diretor de futebol do Atlético-PR, pressionou o árbitro a continuar a partida. Os jogadores do Vasco, por sua vez, não teriam tido outra possibilidade senão voltar para o jogo (que já estava 1 a 0 para os donos da casa) por conta do temor de violência.
- Briga em Joinville leva Fifa a dizer que segurança da Copa não é a do Brasileiro
- PM culpa despreparo da empresa de segurança pela confusão
- Dilma cobra delegacia do torcedor para coibir violência nos estádios
- Árbitro relata que não identificou qual torcida começou a briga
- STJD defende punição com jogos só com crianças e mulheres
- Site é criado para identificar envolvidos em brigas nos estádios
- Promotor mantém postura que PM não deve trabalhar em jogos
- Pai de atleticano internado condena violência
- Fanáticos diz que atleticanos agiram em 'legítima defesa'
- Ex-vereador admite participação em briga de torcidas e pede desculpas
- Briga em Joinville pode custar 20 mandos de campo a Atlético e Vasco
- Obrigar o time a jogar longe de casa não evita brigas, defende advogado do Atlético
- MP-PR quer a suspensão da principal organizada do Atlético
- Prefeito fecha Joinville para o Atlético
- Felipão cobra punição aos vândalos da briga em Joinville
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia
Deixe sua opinião