Responsável por supervisionar a instalação do teto retrátil da Arena da Baixada, a Lanik I.S.A. acusa o Atlético de não respeitar as normas de segurança. Na manhã de sexta-feira (7) foi içada a primeira das 12 vigas que sustentarão a "tampa" do Caldeirão. Também na sexta, foi anunciado o cancelamento do Shooto Brasil no estádio. Por causa do atraso na instalação do teto, o evento de MMA será transferido para Brasília ou Rio de Janeiro.
Por causa dos problemas de segurança, o diretor-executivo da empresa espanhola, César França, encaminhou ao clube um pedido de bloqueio da obra. "O trabalho foi feito sem os devidos procedimentos de segurança, com possíveis pancadas de chuvas e trovoadas. Foi uma irresponsabilidade", diz França.
Preocupado com o desenrolar da montagem da estrutura, fornecida pela Lanik, França solicitou que um dos três técnicos da companhia retorne para a Espanha na semana que vem. "Vou para o Brasil no dia 15 e vamos ter que conversar novamente sobre o processo".
O executivo reclama ainda da falta de projeto por parte do Furacão. "A viga foi içada sem que os planos de rigging tenham sido conferidos, aprovados e liberados pelos engenheiros da Lanik", afirma França.
O plano de rigging é o projeto técnico de movimentação de carga com gruas e guindastes. Trata-se de um dispositivo para garantir a segurança da operação, que envolve materiais que pesam toneladas.
Curitiba registrou chuva e trovoadas ao longo da madrugada de sexta-feira. Pela manhã e início da tarde o tempo seguiu instável, com chuvas ocasionais.
O Furacão pretendia instalar a estrutura a tempo de realizar o Shooto Brasil, dia 5 de dezembro, na Baixada. Entretanto, em virtude do atraso, o evento de MMA foi cancelado e será transferido para Brasília ou Rio de Janeiro.
O Rubro-Negro foi procurado pela reportagem, mas não respondeu.