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Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, e Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo e Divulgação/Flamengo
Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, e Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo e Divulgação/Flamengo

Adversários na Libertadores, quarta-feira (26), às 21h45, na Arena da Baixada, Atlético e Flamengo são também oponentes nos bastidores do futebol brasileiro.

Enquanto o Furacão sustenta a bandeira da equiparação das verbas de tevê entre os times, o Flamengo luta pela manutenção da atual divisão, que o privilegia em relação aos demais. Disparidade comprovada pelas cifras. E que se reflete nas folhas salariais.

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Em 2017, o Atlético recebe R$ 35 milhões da Globo pelos direitos do Brasileiro. No mesmo acordo, o Flamengo fatura R$ 170 milhões, quase cinco vezes mais — o Corinthians é o único que recebe o mesmo que os cariocas.

“Nossa missão é uma melhor equivalência de orçamentos, como acontece no sistema inglês, que deixa o campeonato competitivo”, diz o presidente atleticano, Luiz Sallim Emed. “Hoje, Flamengo e Corinthians têm arrecadação muito maior e corremos o risco de não ter mais uma disputa competitiva”, prossegue.

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Este ano, os rubro-negros paranaense e carioca protagonizaram um racha na Primeira Liga, torneio idealizado pelos clubes justamente com o objetivo de reformular a organização do futebol nacional. O Furacão queria que os quase R$ 70 milhões — valor para três temporadas — do acordo com a Globo fossem divididos assim: 50% entre todos, 25% a partir da audiência e 25% em premiação.

O rateio definido, e defendido pelo Flamengo, foi outro: 46% entre todos, 31,5% por audiência e 22,5% para o resultado em campo. Como consequência, o Atlético abandonou a disputa, ao lado do Coritiba. “A gente compreende que quem ganha mais não quer perder isso. Mas manter esse modelo de divisão coloca em risco todos os clubes, não só o Atlético”, reforça Sallim.

O Flamengo calcula se tornar o time mais rico do Brasil em 2017, projetando receitas de R$ 425 milhões. A folha salarial do futebol gira em torno de R$ 9 milhões na Gávea. O Atlético não divulga valores, mas admite que são bem inferiores.

Na busca por melhores rendas, a partir de 2019, o Furacão teve seus direitos adquiridos pelo Esporte Interativo. Apenas pelo bônus de assinatura de contrato, o clube recebeu R$ 40 milhões — o rival Coritiba fechou o mesmo acordo. Os números para os direitos de transmissão não são revelados.

O que atraiu a dupla Atletiba foi justamente o modelo de divisão proposto pelo canal, mais próximo ao do Campeonato Inglês e daquele defendido pela dupla na Primeira Liga.

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