A poucos dias da eleição do Atlético, marcada para sábado, dia 12 de dezembro, a Gazeta do Povo pediu para os dois candidatos ao Conselho Deliberativo do clube elaborarem três perguntas para seus concorrentes. Mario Celso Petraglia, concorrente da CAPGigante, perguntou a Henrique Gaede, da Atlético de Novo. E vice-versa. Veja abaixo o que cada um perguntou e respondeu:
“O que eu quero saber...”
Candidatos à presidência do Conselho Deliberativo do Atlético, Mario Celso Petraglia, da situação, e Henrique Gaede, da oposição, trocam perguntas de como serão as respectivas gestões se vencerem a eleição deste sábado (12). -
+ VÍDEOSMario Celso Petraglia, da chapa CAPGigante, representando a situação, responde aos questionamentos elaborados por Henrique Gaede. Veja as questões e as respostas:
Henrique Gaede – Dado o fracasso até agora na condução do acordo tripartite da reforma da Arena para a Copa do Mundo, como o Sr. dará continuidade neste processo caso seja eleito?
Mario Celso Petraglia – Não há nenhum fracasso. O tripartite está ai, em pé, acertado definitivamente e tivemos o privilégio, o prazer, o conforto de mostrarmos e botarmos à disposição da imprensa o ofício do governo estadual, municipal, assumindo sua parte no tripartite naquele valor que necessitamos para completar os gastos que houve na construção do estádio. Há sucesso, não fracasso. Fracasso querem imputar onde não existe, o melhor e maior sucesso de construção de um estádio no Brasil. Mais bonito, barato, próprio. Aliás, esses benefícios que estamos obtendo, os senhores queriam entregar para OAS. Hoje ela estaria se beneficiando do tripartite, e ainda ficaria com 25 anos de todas as receitas do estádio. 50% de todas as receitas do nosso clube. Os senhores, o senhor seu Gaede, vice-presidente, estava lá defendendo a [empreiteira] OAS dentro do conselho que conseguimos aprovar o modelo da autogestão. Fracassos são os senhores.
Há sucesso, não fracasso. Fracasso querem imputar onde não existe, o melhor e maior sucesso de construção de um estádio no Brasil. Mais bonito, barato, próprio. Aliás, esses benefícios que estamos obtendo, os senhores queriam entregar para OAS
Conheça os componentes, propostas e promessas da chapa CAPGigante
Leia a matéria completaNos últimos quatro anos, os resultados do futebol atleticano não foram condizentes com a grandeza do clube. Qual foi o erro de vocês na condução do futebol e por qual motivo o torcedor acreditaria que agora será diferente?
Fracasso nos quatro anos? Fracasso foram os senhores que em três anos, ganharam um Atletiba, e em casa. Quando caíram para Segunda Divisão, contrataram dezenas de jogadores, perderam um grande grupo de atletas que deixamos em 2008. Fomos terceiros do Brasil, tivemos de subir da Segunda onde vocês nos jogaram por incompetência, interesses. Subimos, em 2012, fomos terceiros em 2013, fomos para a final da Copa do Brasil. Única vez na história, fomos oitavos em 2014 e décimos em 2015. Tudo isso ainda construindo um estádio, jogando fora de nossa casa. Se isso não foram bons resultados... Isso é competência. É fazer futebol e patrimônio ao mesmo tempo. E vamos continuar. Agora será mais fácil. Dr. Sallim será eleito e não terá mais dificuldade em patrimônio, que nós construímos, com a ajuda de muitos, e atrapalho principalmente dos senhores que não queriam a Copa, queriam entregar para a OAS. Agora ele terá condições de fazer futebol que o CAPGigante prevê há 20 anos. Essa caminhada já tivemos sucesso, campeões brasileiros, vice da Libertadores. Foram quatro Libertadores, uma delas durante a construção do estádio. Amigos, tenham paciência. Procurem outros argumentos. Esse não cola. Cola para quem pretende acreditar em mentiras, factoides. Mas a família atleticana, quem ama esse clube, sabe. Quem sabe fazer, promete e cumpre. Dia 12 estaremos lá, com a vitória do CAPGigante.
Qual é a atual dívida do clube e como você pretende pagá-la caso seja eleito?
O tamanho da dívida do nosso clube é muito menor que de outros clubes vizinhos, que devem e não construíram nada
Eleito seremos, não há dúvidas. O Clube Atlético Paranaense não deve absolutamente nada. Temos problemas trabalhistas da sua administração, Gaede, como vice fracassado daquele que se esconde, mas que está por trás de sua eleição. Estamos resolvendo. Mais nada. O Atlético não deve nada. A dívida de construção é da CAP S/A. Tem garantias, produtos, conteúdo para vender e pagar a conta. E é muito pequena. Vocês verão no balanço que vamos apresentar em dezembro. O tamanho da dívida do nosso clube é muito menor que de outros clubes vizinhos, que devem e não construíram nada. Os senhores entregariam para a OAS. Não teriam dívida, mas não teriam o patrimônio e nada para vender.
Henrique Gaede, da Atlético de Novo, representante da oposição, responde às perguntas feitas pelo atual presidente do clube, Mario Celso Petraglia. Confira perguntas e respostas:
Mario Celso Petraglia – Como vocês pensam em resolver o problema de caixa com os altos valores de investimento em futebol prometidos com a redução das receitas no novo plano de sócios?
Henrique Gaede – Primeiro lugar não haverá redução e receitas. Plano e sócios que estamos elaborando, além de incluir mais atleticanos no estádio, vai possibilitar maior arrecadação de qual e forma. Ficou comprovado. Fizemos estudos que com a ocupação do estádio, ingresso avulsos mais baratos e planos de sócios mais acessíveis, vamos ultrapassar a barreira dos 20 mil sócios, que consideramos que o plano atual estagnou. Não há possibilidade de incrementar a receita, a não ser pelo aumento dos valores mensalmente cobrados. A família brasileira não admite mais suportar uma carga tão grande de aumentos em um cenário econômico como o Brasil está vivendo.
A torcida está cansada de não ter títulos e participação efetiva no campeonato... precisamos de mudança radical, talvez não enxerguem isso. Temos responsabilidade nessa transição
Não é apenas com receitas dos associados que vamos equacionar a situação financeira, há uma série de outra atitudes, aproveitando melhor os espaços e propriedades do Atlético, negociando com ênfase com fornecedores. A equação financeira vai se compor e vai sobrar para investir no futebol. Novidade da nossa chapa, em comum acordo com João Alfredo, faremos um convite para um grande atleticano nos ajudar nessa tarefa. Nos ajudou muito, de moral ilibada, ética e responsável. Com qualidade técnica com essa negociação. Ênio Fornea Júnior. Vou fazer o convite espero que aceite, como bom atleticano; conversei poucas vezes com ele sobre isso, teremos a possibilidade de administrar a CAP S/A de forma eficiente, tocar as finanças dentro do que exige o investimento no futebol. A torcida está cansada de não ter títulos e participação efetiva no campeonato... precisamos de mudança radical, talvez não enxerguem isso. Temos responsabilidade nessa transição. Levantamento completo de obrigações do clube, não só aquelas previstas em demonstrações financeiras. Existem outras decorrentes de descumprimento de contratos. Tudo será levantado. Vamos pagar centavo por centavo, de melhor forma possível, todos os investimentos. Honrar nosso voto e com responsabilidade fazer a gestão profissional do clube.
O estatuto do Atlético prevê a ocupação de até nove cargos no Conselho Administrativo. Quais serão os outros oito responsáveis, além do João Alfredo, e quem ficará responsável pelo futebol?
O estatuto prevê no conselho de 3 a 9 nomes. Vamos criar o conselho gestor. Será composto por pessoas que compõem o Conselho Administrativo e Deliberativo, à escolha do presidente. Teremos um organograma refeito, com ouvidoria, auditoria interna no clube, com processos mais eficazes. Duas diretorias executivas, uma para a administração da gestão, outra para o futebol. Além do João, teremos Diogo Braz, primeiro vice; Edilson Thiele, segundo vice. Além deles, Júlio Araújo, Fenando Munhoz, Guivan Bueno, Rafael Fabrício de Melo, Pedro Oliveira, Hélcio Xavier. Em relação ao futebol, o João Alfredo estará mais próxima desse diretor executivoâ– reúne qualidade necessárias para a humanização do CT. O CT precisa ter um atleticano acompanhando trabalhos do executivo. E o João já se propôs a fazer esse trabalho. Ele vai trabalhar muito próximo do futebol.
Em momento oportuno, depois de descobrimos o que acontece na caixa-preta, depois de resultado da auditoria operacional, vamos equacionar da melhor forma possível. Empréstimo com garantia de dirigentes é uma coisa um pouco ultrapassada como mecanismo financeiro da gestão de um clube da grandeza do Atlético Paranaense
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Comprovadamente o Atlético necessita de empréstimos bancários. Caso eleitos, quem serão os avalistas da chapa para garantir esses empréstimos?
Essa questão de empréstimo ainda não está definida. Não há razão de existir essa necessidade. Apenas se houver necessidade do clube, se o encontrarmos arrasado financeiramente, o que não esperamos. A gestão atual se diz tão competente que esperamos que nos deixem uma estrutura com a grandeza que eles imaginam ter. Deixamos R$ 14 milhões na nossa gestão, 13º pago, empréstimos bancários pagos. Antecipadamente. Temos outras fontes de recurso para gerir o clube. Em momento oportuno, depois de descobrimos o que acontece na caixa-preta, depois de resultado da auditoria operacional, vamos equacionar da melhor forma possível. Empréstimo com garantia de dirigentes é uma coisa um pouco ultrapassada como mecanismo financeiro da gestão de um clube da grandeza do Atlético Paranaense.
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